Os familiares de cinco das vítimas do ataque ao Hamas no festival de música, a 7 de outubro, acusam a Reuters e a Associated Press por terem empregado jornalistas que dizem estar envolvidos na atrocidade.

Segundo o processo judicial apresentado por estas famílias, estas duas empresas de media – duas das maiores e mais conhecidas a nível mundial, terão contratado jornalistas de Gaza, que estariam cientes de que o sequestro iria acontecer, para reportar o sucedido – e nada fizeram para o evitar.

As organizações noticiosas “são responsáveis pelos danos diretos e indiretos e pelas ações dos seus ‘jornalistas'”, segundo indica a ação judicial, citada pelo World Israel News.

Segundo indica a mesma fonte, a Reuters e a AP publicaram, alegadamente, notícias e fotografias registadas pelos jornalistas que pertencem ao Hamas, e que participaram nos ataques.

“Qualquer desculpa ou justificação para defender as regras do jornalismo – como o direto de informar o público – não pode justificar uma situação em que um repórter de uma das agências estaria presente, participaria e filmaria a prática de um crime grave, como o rapto de uma mulher idosa”, lê-se.

A ação judicial surge meses depois de a organização de vigilância dos meios de comunicação social pró-israelitas, Honest Reporting, ter denunciado que quatro jornalistas e fotojornalistas de Gaza se tinham incorporado com militantes do Hamas a 7 de outubro. O grupo especulou que seis fotógrafos baseados em Gaza tinham conhecimento antecipado do ataque por terem chegado cedo ao local.

Os quatro jornalistas, identificados como Hassan Eslaiah, Yousef Masoud, Ali Mahmud e Hatem Ali, teriam ligações à Reuters, The Associated Press, The New York Times e à CNN.

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