Ely é considerada a elefante mais triste do mundo e é protagonista de uma ação judicial sem precedentes no México. Um tribunal federal concedeu uma providência cautelar ao animal contra atos cometidos pelos responsáveis do Jardim Zoológico de San Juan de Aragón.

O caso ficou conhecido depois de a situação  ter sido divulgada nas redes sociais.

Apesar das objeções iniciais, o tribunal considerou que esta decisão se justificava por razões de interesse legítimo, salientando a importância de proteger o ambiente e os animais enquanto seres sensíveis, avança o jornal Excélsior.

A elefante de origem africana, que foi resgatada de um circo em 2012, tem várias patologias que o afetam diariamente. Sofre de artrite na pata dianteira direita devido ao esforço a que foi sujeita nos seus espetáculos para subir a plataformas. O animal sofre também de perturbações psicológicas na sequência de sete anos de isolamento e outras doenças, como hiperqueratose, que é caracterizada por um espessamento da camada exterior da pele.

Há um ano, a 8 de maio de 2023, o ministério do Ambiente (Sedema) entregou a custódia do animal ao zoo para garantir o seu bem-estar. Nesse mesmo mês, outro elefante, Gispy, chegou às instalações para ser a companhia de Ely, como parte das recomendações feitas por especialistas de vida selvagem.

No entanto, apesar das medidas de melhoramento tomadas na altura, a saúde física e mental de Ely não melhorou. Assim, o tribunal reconheceu o direito a uma vida livre de maus-tratos e ordenou que sejam tomadas as medidas necessárias para evitar danos à saúde física ou mental da elefante.

Assim, será necessário estabelecer um programa completo de alimentação e cuidados médicos para garantir que Ely tenha condições de vida adequadas e estas medidas terão de ser inspecionadas para garantir que são cumpridas.

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