“Há fome. Há fome em grande escala no norte, e está a expandir-se para o sul”, denunciou McCain, durante uma entrevista na sexta-feira ao programa Meet the Press, da rede televisiva norte-americana NBC.

McCain esclareceu que as suas palavras não constituem uma declaração oficial da organização – algo que envolve um procedimento burocrático – mas defendeu esta conclusão com base no que as equipas desta agência das Nações Unidas observaram em Gaza.

A declaração oficial de fome implica não só uma avaliação por parte da ONU, mas também por parte do país onde a crise está a ocorrer, algo que o movimento islamita Hamas poderá fazer através do seu Ministério da Saúde, embora não haja indicações nesse sentido.

Para a declaração oficial de fome, três requisitos devem ser cumpridos: que pelo menos 20% das famílias enfrentem uma extrema falta de alimentos; que pelo menos 30% das crianças sofram de desnutrição aguda; e que pelo menos dois adultos ou quatro crianças em cada 10.000 pessoas morram todos os dias de fome ou de doenças relacionadas com a desnutrição.

O Ministério da Saúde de Gaza estima que cerca de 30 palestinianos, 27 dos quais crianças, morreram de sede ou fome desde o início da guerra contra Israel.

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