De acordo com a descrição dos motivos invocados para o despedimento coletivo, a que a Lusa teve hoje acesso, vão ser despedidas 17 pessoas de várias áreas da empresa, desde jornalistas, administrativos e marketing.

“A situação agravou-se em 2023, em particular nos últimos quatro meses do ano. Se atentarmos aos resultados da GMG — de acordo com demonstração de resultados preliminar apresentado pela anterior gestão executiva –, o Grupo Global Media teve um EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] negativo de 4,7 milhões de euros e prejuízos superiores a 7,2 milhões de euros”, lê-se no documento.

A receita no ano passado caiu “4,3 milhões de euros, o que representa uma redução de 12%, face a 2022”, com a atual Comissão Executiva a justificar que “na origem desta performance estiveram […] condicionantes externas à Global Notícias”, “mas também fatores internos relacionados com a instabilidade que existiu nos últimos meses do ano, que é pública e que se veio a repercutir em greves e quebras do volume de negócios em publicidade e conferências”.

Fonte contactada pela Lusa disse que no DN o despedimento inclui seis jornalistas e três elementos da direção de informação.

“Lamentamos e entristece-nos que o DN esteja a passar por um processo destes novamente”, disse à Lusa a delegada sindical Valentina Marcelino.

A direção interina do Diário de Notícias vai ser assumida por Bruno Contreiras Mateus, atual diretor do Dinheiro Vivo (DV) e que, depois de um período de transição de três meses, irá também deixar a Global Media (GMG).

De acordo com outro comunicado da Comissão Executiva, Bruno Contreiras Mateus, que é também professor universitário em Ciências da Comunicação no Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE), vai sair da Global Media “a partir de julho, para se dedicar a projetos pessoais, à docência e à investigação académica”.

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