Em comunicado, o banco alemão reporta um aumento das receitas de 6,1% em 2023, para 28.879 milhões de euros, impulsionadas pelo crescimento de 22% do segmento da banca corporativa, para 7.716 milhões de euros, e de 5% da banca privada, para 9.575 milhões.
Pelo contrário, o volume de negócios caiu 9% tanto na banca de investimento (para 9.160 milhões de euros) como na gestão de ativos (para 2.383 milhões de euros).
O banco refere que os resultados financeiros beneficiaram de um ambiente favorável de taxas de juro e de disciplina de preços, mas foram prejudicados por despesas fiscais mais elevadas.
Assim, destaca, o lucro antes de impostos da instituição aumentou 2%, para 5.695 milhões de euros, o valor mais elevado dos últimos 16 anos.
As despesas não financeiras atingiram 21.700 milhões de euros em 2023, um aumento de 6%, em resultado de custos operacionais de 1.100 milhões, que comparam com 474 milhões no ano anterior, enquanto o rácio de eficiência se manteve estável em 75%.
No último trimestre do ano passado, o lucro líquido do Deutsche Bank caiu 30% face aos mesmos três meses de 2022, para 1.260 milhões de euros, enquanto as receitas cresceram 5%, para 6.658 milhões.
O banco reduziu a rentabilidade e o valor para os seus acionistas, com um retorno sobre o património tangível (RoTE) de 7,4%, face a 9,4% em 2022, devido à maior geração de fundos próprios.
As provisões para crédito mal parado aumentaram para 1.500 milhões de euros, face a 1.200 milhões em 2022, ligeiramente acima das previsões do banco devido ao impacto das condições macroeconómicas e das taxas de juro sobre parte da sua carteira de crédito.
No final de 2023, o rácio de capital CET1 era de 13,7%, face a 13,4% em 2022, com a geração orgânica de capital a compensar os efeitos dos dividendos, da recompra de ações, da inflação e do crescimento dos negócios.
O Deutsche Bank anunciou ainda a intenção de cortar 3.500 postos de trabalho, principalmente em áreas não relacionadas com o cliente, no âmbito de um programa de eficiência que visa reduzir custos em 2.500 milhões de euros até 2025.
Segundo detalhou, as medidas implementadas durante o ano passado no âmbito deste programa traduzem-se já numa poupança de 1.300 milhões de euros, 900 milhões dos quais já concretizados, esperando-se que os restantes 1.600 milhões sejam alcançados através de ganhos de eficiência da infraestrutura e da tecnologia.
Ainda anunciado pelo banco alemão foi o objetivo de aumentar tanto as recompras de ações como os dividendos em pelo menos 50% em 2024, propondo-se remunerar os acionistas com 0,45 euros por ação em 2023, face a 0,30 euros em 2022, o que significará um custo total de 900 milhões de euros.
Para 2025, o Deustsche Bank prevê atingir cerca de 32.000 milhões de euros em receitas, com um crescimento anual entre 5,5 e 6,5%, ao mesmo tempo que pretende reduzir os custos para 20.000 milhões de euros (menos 1.300 milhões de euros) e aumentar o dividendo para um euro por ação.
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