O Relatório Anual de Segurança 2024 da Check Point Software analisou, este ano, “a crescente complexidade das ciberameaças, com especial destaque para o aumento drástico dos incidentes de ransomware e a utilização estratégica da inteligência artificial (IA) nas defesas de cibersegurança”, disse a empresa em comunicado.

No relatório é realçada “uma significativa turbulência cibernética” ao longo do ano, destacando-se “um aumento de 90% nas vítimas de ataques de ransomware extorquidas publicamente”.

Ataques estes que “representam atualmente 10% de todo o malware detetado pelos sensores da Check Point”.

A Equipa de Resposta a Incidentes da Check Point (CPIRT) da empresa concluiu que “quase metade” dos casos registados envolviam ransomware, sendo que o número de vítimas “publicamente extorquidas” aumentou para aproximadamente 5.000, o dobro relativamente ao ano anterior.

Em jeito de resumo, a empresa de cibersegurança retirou três grandes conclusões deste relatório: A nível de ransomware, “os atacantes aperfeiçoaram as suas estratégias, tirando partido das vulnerabilidades de Zero-Day e melhorando o Ransomware-as-a-Service (RaaS) com novas táticas de extorsão”.

Já a nível de “direcionamento para dispositivos de ponta”, o relatório identificou “uma tendência crescente de ataques a dispositivos de ponta, destacando a necessidade crítica de medidas de segurança abrangentes que englobem todos os elementos da rede”.

Finalmente, notou-se também um crescimento do “hacktivismo apoiado pelo Estado”, com “aumentos notáveis nas atividades cibernéticas ligadas a conflitos geopolíticos”.

“Numa era de inovação implacável no cibercrime e de tensões acumuladas envolvendo atores de ameaças do Estado-nação e hacktivistas a nível global, as organizações devem adaptar-se. Investir em defesas mais fortes com medidas robustas de segurança cibernética alimentadas por IA e entregues na cloud, e promover proativamente a colaboração é fundamental para se proteger eficazmente contra estes perigos em evolução”, considerou a vice-presidente de Investigação da Check Point, Maya Horowitz.

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