O proprietário da SpaceX partilhou, na segunda-feira, uma foto com Milei na rede social X (antigo Twitter), da qual também é dono, em que ambos aparecem com os polegares para cima. É o segundo encontro de ambos este ano, numa altura em que Musk está interessado nas grandes reservas de lítio da Argentina. 

Um dos cabeças-de-cartaz da Conferência Global do Milken Institute, Musk foi entrevistado pelo próprio Michael Milken na sessão mais aguardada do primeiro dia, horas depois do discurso de Milei. 

“Não é possível ter eleições democráticas se as pessoas não tiverem acesso a informação que lhes permita tomar a decisão certa sobre um candidato ou partido”, afirmou o empresário, que transformou o Twitter em X e restaurou contas anteriormente banidas por infrações como discurso racista, desinformação sobre vacinas e ataques homofóbicos. 

“Se a liberdade de expressão for restringida, não podemos esperar que as pessoas tomem a decisão certa”, considerou Musk. 

Numa sessão que durou cerca de meia hora, o segundo homem mais rico do mundo evitou falar da construtora automóvel Tesla. Falou do plano de colonizar Marte, da reforma necessária na educação, dos perigos da regulação excessiva e da imigração. 

“Acredito na imigração, mas ter imigração não controlada a uma escala maciça é uma receita para o desastre”, afirmou Musk, que disse ter ido à fronteira dos Estados Unidos com o México para ver se havia mesmo uma crise de imigrantes ilegais. “Temos de tornar a imigração legal mais expedita, mas tornar segura a fronteira sul”, completou. 

Musk tocou também num dos tópicos mais quentes da década, com a aceleração do desenvolvimento de tecnologias de Inteligência Artificial. 

“A IA pode ser a questão mais importante de todas”, frisou. “A percentagem de inteligência que é biológica torna-se mais pequena a cada mês que passa. Eventualmente será menos de 1%”. 

A 27.ª edição da Conferência Global do Milken Institute, que decorre até quarta-feira, no hotel Beverly Hilton em Los Angeles e é por vezes referida como “Davos do Ocidente”, recebeu também Javier Milei, o populista de direita que preside à Argentina desde dezembro.

Milei fez um discurso no qual incitou os empresários e investidores a apostarem na Argentina, dizendo que o país pode ser “a nova Meca do Ocidente” e “a Roma do século XXI”. 

O Presidente argentino publicou uma foto com a bandeira de Israel, sinalizando apoio ao país e aproximação ao Ocidente, e culpou o socialismo pela pobreza na Argentina. 

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