A comunidade conta com mais de 150 membros de diversas nacionalidades. “Temos como missão criar uma ponte sólida entre os ecossistemas de inovação de Portugal e dos EUA, sobretudo Lisboa e Silicon Valley”, afirma a responsável.
“O nosso objetivo a médio prazo é continuarmos a consolidar-nos como uma plataforma importante na criação de valor neste espaço entre Portugal e os EUA”, acrescenta Filipa Pinto de Carvalho.
A RedBridge Lisbon quer “fortalecer” a rede de contactos e desenvolver iniciativas que “facilitem a integração de quem chega com a comunidade local e o acesso de projetos e empresas portuguesas a investidores e recursos internacionais”.
Nomeadamente, diz, em setores que identificam “como emergentes, como por exemplo ‘health tech’, inteligência artificial [IA] e sustentabilidade”, adiantando que tem-se assistido a “um aumento significativo de estrangeiros talentosos” que escolhem Portugal “como destino para viver e trabalhar, muitos dos quais possuem carreiras estabelecidas internacionalmente”.
“Estes profissionais trazem consigo ‘know-how’ [conhecimento], capacidade financeira para investir e vontade de contribuir para o crescimento do ecossistema local”, sublinha a advogada e empreendedora.
Desta forma, “ao criar uma plataforma onde estes talentos se podem conectar com empreendedores locais, acreditamos que podemos acelerar o desenvolvimento de novos projetos e fortalecer a posição de Portugal como um ‘hub’ de inovação global”.
Além disso, “queremos também continuar a promover o talento português no exterior”, salienta a cofundadora da RedBridge Lisbon.
A responsável dá um exemplo: “Durante os nossos eventos em São Francisco, destacamos não apenas as empresas e ‘startups’ de sucesso em Portugal, mas também a crescente capacidade do nosso país para atrair e desenvolver talento internacional”.
A longo prazo, a responsável salienta que a visão é que Portugal “se afirme como um ‘hub’ global de inovação e criatividade, onde talento e ideias possam crescer e contribuir de modo significativo para o desenvolvimento económico e social do país”.
Filipa Pinto de Carvalho acrescenta ainda que a Bridge Lisbon não se limita a conectar pessoas, mas também organiza uma série de eventos regulares, o que inclui encontros abertos à comunidade e fóruns exclusivos para membros.
“Estes eventos são desenhados para promover a troca de ideias, a criação de novas parcerias e para impulsionar o crescimento e desenvolvimento dos nossos membros”, diz.
Exemplo disso é o Business Mastermind, uma das iniciativas apenas para membros, “em que empreendedores e empresários se reúnem num ambiente de confiança para discutir os desafios dos seus negócios e trocar ideias”.
Em março, a RedBridge Lisbon organizou um evento em São Francisco onde apresentou Lisboa como um ‘hub’ de inovação, destacando iniciativas como a Unicorn Factory Lisboa.
A RedBrige Lisbon destina-se “a empreendedores, profissionais e investidores que partilham a nossa visão: conectar e fortalecer os ecossistemas de inovação de Portugal e dos EUA”, procurando “sempre novos membros que queiram contribuir para a criação de valor e para o desenvolvimento do potencial de Portugal, enquanto aproveitam as oportunidades únicas de colaboração e crescimento que a nossa rede oferece”.
Além do Business Mastermind, “queremos também organizar visitas a empresas e projetos inovadores em Portugal, que permitam aos membros da nossa comunidade, incluindo os internacionais, conhecer de perto as oportunidades que existem no nosso país”, reforça.
E foi no âmbito de uma destas iniciativas que o cofundador da Acante, Abhishek Das, veio de visita de São Francisco a Lisboa.
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