Alberth Elis, jogador que ficou em coma induzido devido a uma forte queda num jogo do Bordéus, concedeu uma entrevista ao jornal The Athletic, divulgada este domingo, a dar conta de tudo o que sentiu após ter tido consciência, gradualmente, de tudo o que aconteceu no duelo frente ao Guingamp, em que acabou por perder os sentidos em campo.
“Quando acordei, não me lembrava que era jogador de futebol. Não me lembrava que estava em França sequer e nem que era hondurenho. Claro que os médicos pensaram logo que, assim, difícil voltaria a ficar bem. Ao início foi tudo muito complicado. Os meus pais disseram-me que fui feliz e devia estar grato a Deus por ter outra oportunidade na vida”, começou por revelar.
“Tive de aprender tudo de novo. De manhã ia para a escola, à tarde ia para o ginásio. Todos os dias eram iguais para que pudesse recuperar”, contou de seguida o avançado de 28 anos, revelando que reaprendeu a ler e a escrever numa clínica de reabilitação.
“Quero voltar a jogar mostrar que estou a 100%. Já fiz exames médicos e disseram-me que estou bem. Posso voltar a jogar e o ideal seria já em janeiro. Tenho treinado com uma proteção na cabeça nos últimos meses”, sublinhou, antes de lamentar a situação de falência do Bordéus: “Tinha mais dois anos de contrato e a verdade é que queria muito voltar a jogar por este clube”.
Recorde-se que o ex-Boavista passou pelo Bessa em 2020/21, rumando depois ao campeonato francês, onde ainda chegou a jogar na Ligue 1, antes da descida à segunda divisão gaulesa.
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