O valor relativo ao décimo mês do ano está abaixo das expectativas dos analistas, que previam que crescesse 5,6%.
No conjunto, entre janeiro e outubro, a produção industrial cresceu 5,8%.
Entre os três grandes setores em que o GNE divide este indicador, os que mais aumentaram a sua produção em outubro foram a indústria transformadora e a produção e fornecimento de eletricidade, aquecimento, gás e água, ambos com crescimento de 5,4%.
O GNE destacou também o aumento da produção de bens específicos, como os veículos elétricos (+48,6%), os robôs industriais (+33,4%) ou os ‘chips’ semicondutores (+11,8%).
A instituição também divulgou hoje outros dados estatísticos, como as vendas a retalho, um indicador-chave para medir o estado do consumo, que acelerou muito mais do que o esperado, passando de 3,2% em setembro para 4,8% em outubro, enquanto os especialistas previam um aumento de 3,8%.
Zichun Huang, analista da consultora Capital Economics, afirmou, num relatório, que a economia chinesa “melhorou no início do quarto trimestre, graças a um consumo interno superior ao previsto”, o que se traduziu num aumento da procura.
A taxa oficial de desemprego urbano continuou a descer, desta vez de 5,1% para 5%, ultrapassando também as expectativas de que se manterá inalterada.
Este indicador mantém-se dentro do limite de 5,5% estabelecido pelo Governo chinês para este ano.
Entretanto, o investimento em ativos fixos voltou a situar-se nos 3,4% no acumulado até outubro, o mesmo valor dos últimos dois meses, apesar das expectativas dos analistas de uma ligeira recuperação para 3,5%.
Na análise por setor, o investimento na indústria transformadora cresceu 9,3% e nas infraestruturas 4,3%, enquanto o investimento na promoção imobiliária caiu 10,3%, no contexto da prolongada crise no setor.
O GNE indicou que as vendas de propriedades comerciais medidas em termos de área útil caíram 15,8% em termos homólogos, entre janeiro e outubro. Embora se trate de uma queda significativa, também reflete uma tendência de recuperação relativa: as duas leituras anteriores tinham sido de 18% e 17,1%.
“As medidas de apoio parecem estar a dar algum alívio ao mercado imobiliário”, disse Huang, que prevê uma recuperação nos próximos meses, mas advertiu que, sem uma flexibilização fiscal significativa no próximo ano, este novo impulso “será de curta duração”.
“Acreditamos que a economia voltará a abrandar no segundo semestre do próximo ano, altura em que os fabricantes chineses enfrentarão o obstáculo adicional de uma segunda guerra mundial com [o novo presidente dos Estados Unidos, Donald] Trump”, afirmou.
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