“No que diz respeito ao uso de asneiras, há uma diferença entre o seu uso para insultar outros ou numa forma mais casual, como para descrever más condições climatéricas, um objeto inanimado, como o carro, ou uma situação de condução”, refere a entidade.
Após as multas aplicadas a Max Verstappen e a Charles Leclerc, nos grandes prémios de Singapura e do México, respetivamente, os pilotos instam Mohamed Bin Sulayem, presidente da FIA, a ter “também ele” em conta o “seu tom e linguagem” quando fala “com ou sobre os pilotos” em fóruns públicos ou noutros, pode ler-se no comunicado.
Ademais, a GPDA acrescenta que os seus membros são “adultos” e que “não precisam de receber instruções através dos meios de comunicação social” sobre assuntos “triviais”, como, refere a organização, “o uso de joias ou de roupa interior”.
O atual campeão de F1, o neerlandês Max Verstappen, foi obrigado a cumprir serviço comunitário e o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) foi multado em 10.000 euros, ambos pelo uso de ‘palavrões’, depois de a FIA ter proibido o uso de linguagem abusiva nas conferências de imprensa e nas comunicações via rádio durante as corridas.
Já Lewis Hamilton tinha, em setembro, criticado Mohamed Bin Sulayem pela forma como este último ligou as asneiras na F1 com a música ‘rap’, dizendo que havia um “elemento racial” presente nas declarações do líder da FIA.
Anteriormente, Hamilton já se tinha posicionado contra a decisão da FIA de proibir o uso de joias durante as corridas, tendo aparecido numa conferência de imprensa com vários colares, relógios e anéis, bem como Sebastian Vettel, que se posicionou contra a obrigatoriedade do uso de roupa interior “à prova de fogo”.
A GPDA, no seu comunicado, defende que “as multas em dinheiro não são apropriadas para o desporto” e instou a FIA a “ser transparente” e a “partilhar os detalhes” de como é aplicado o dinheiro recolhido na aplicação das mesmas.
O próximo Grande Prémio de F1 decorrerá em Las Vegas, nos Estados Unidos, no dia 23 de novembro, e será o antepenúltimo da temporada, que poderá coroar Max Verstappen com o quarto título mundial consecutivo.