O líder do Chega, André Ventura, revelou, esta quarta-feira, que o partido vai abster-se na votação da proposta do PS para o aumento das pensões. Dessa forma, a proposta do partido socialista para o Orçamento do Estado 2025 deverá passar na especialidade, mesmo contra a vontade do Governo, bastando para isso que os restantes partidos de Esquerda votem a favor.
“O Chega vai viabilizar no Orçamento do Estado, na especialidade, o aumento das pensões porque não compreendemos que um orçamento do estado que mantém um nível de atribuição de subsídios que este mantém, um orçamento do estado que mantém a carga fiscal que este mantém, não consiga aumentar, de forma razoável, o valor das pensões em Portugal”, afirmou André Ventura, citado pela SIC Notícias.
O líder do partido acrescentou que “vai votar favoravelmente, como é óbvio a sua proposta de aumento [das pensões] de 1.5%” e destacou que “vai abster-se em todas as outras” que tenham esse mesmo objetivo, “mesmo que não sejam tão ambiciosas” como a do Chega, desde que tenham um nível de responsabilidade orçamental efetiva.
Anunciou também o sentido de voto do Chega quanto às propostas para descida do IRC. “O Chega apenas votará favoravelmente a proposta de descida de 2% do IRC, abstendo-se em todas as outras que vão no sentido de descer o IRC mas não sejam tão ambiciosas”, afirmou.
Na sexta-feira, PSD e CDS-PP indicaram que vão apresentar uma proposta de redução do IRC em dois pontos percentuais, que apenas será votada por estes grupos parlamentares se for recusada “a solução de compromisso” de baixar este imposto em um ponto percentual.
O PS anunciou depois que viabilizará, através da abstenção, a proposta de descida do IRC em um ponto percentual prevista pelo Governo no Orçamento.
[Notícia atualizada às 18h26]
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