“A todos os residentes dos subúrbios do sul, especificamente (…) na zona de Ghobeiry (…), estais localizados perto de instalações e interesses afiliados ao Hezbollah, contra os quais as forças de defesa israelitas trabalharão com força num futuro próximo”, declarou Avichay Adraee, o porta-voz do exército israelita em língua árabe, pedindo aos residentes para abandonarem o local.
Os subúrbios do sul, um dos bastiões do movimento xiita pró-iraniano libanês Hezbollah que o exército israelita tem como alvo há várias semanas, foram em grande parte esvaziados dos habitantes, embora algumas pessoas regressem ocasionalmente durante o dia para inspecionar casas ou lojas.
Em 23 de setembro, o exército israelita lançou uma intensa campanha de bombardeamentos no Líbano, visando em especial os bastiões do Hezbollah, e em 30 de setembro lançou uma ofensiva terrestre no sul do país.
O objetivo israelita é neutralizar o movimento xiita para permitir o regresso dos habitantes do norte de Israel, deslocados por quase um ano de fogo do Hezbollah, que em outubro de 2023 lançou uma “frente de apoio” ao Hamas palestiniano, na sequência da guerra na Faixa de Gaza.
Um relatório do Banco Mundial, publicado na quinta-feira, apontou que o Líbano, já a braços com uma crise económica sem precedentes, sofreu “perdas económicas” de mais de cinco mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros) num ano de violência entre o Hezbollah e Israel.
Desde 08 de outubro de 2023, o conflito danificou cerca de 100 mil casas, de acordo com o mesmo documento.
Em mais de um ano de conflito, pelo menos 3.386 pessoas morreram no Líbano e 14.417 ficaram feridas, de acordo com o mais recente balanço do Governo libanês.
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