A diretora-geral da OMC, de 70 anos, cuja nomeação para o primeiro mandato foi bloqueada durante meses pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, entretanto reeleito no cargo, adiantou a 16 de setembro que queria fazer um segundo mandato.
O presidente do Conselho Geral, o embaixador norueguês Petter Olberg, informou hoje os membros da OMC que a nigeriana era a única candidata à liderança, depois do prazo para a apresentação de candidaturas ter terminado na sexta-feira, referiu a OMC, em comunicado.
O procedimento deveria ter começado em dezembro, nove meses antes do fim do mandato, mas a OMC antecipou-o em dois meses, tendo o embaixador norueguês, responsável pela supervisão do procedimento, explicado ter havido “uma convergência de pontos de vista para iniciar o processo mais cedo do que o esperado”.
Os países tiveram um mês para propor candidatos.
Habitualmente, os candidatos têm três meses para dialogar com os países, seguidos de dois meses dedicados a um processo de consultas para permitir ao Conselho Geral – que reúne todos os membros da OMC – fazer a sua escolha.
Tal como acontece com todas as decisões da OMC, os diretores-gerais são escolhidos por consenso por todos os membros que, atualmente, são 166.
Okonjo-Iweala assumiu o cargo em março de 2021 e, embora tenha recebido amplo apoio dos membros da OMC, a sua nomeação foi bloqueada pela antiga administração Trump.
A chegada à Casa Branca de Joe Biden, que ofereceu o seu apoio, permitiu romper o impasse, mas a organização permaneceu vários meses sem um líder.
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