Milhares de pessoas manifestam-se este sábado em Espanha contra o governo regional de Valência e contra o primeiro-ministro do país, uma semana depois de a região ter sido atingida por cheias, que causaram mais de 200 mortos.
Os protestos decorrem não só apenas em Valência, como também noutras regiões, como Alicante e Elche, de acordo com a imprensa espanhola.
Imagens mostram multidões em protesto, que pedem a demissão do presidente da ‘Generalitat’, Carlos Mazón. Também em Madrid, uma multidão juntou-se para pedir a demissão de Mazón.
“É o responsável direto porque não soube avisar, não quer ajuda e não quer que se veja o que está a acontecer”, disse Rosa Aragón, uma das manifestantes – que tem atuado como voluntária na área afetada -, nos protestos em Valência.
Citado pela publicação espanhola El País, um outro manifestante, Carlos Laborda, considerou que as mortes eram “evitáveis” e apontou, como muitos outros no local, que também o primeiro-ministro, Pedro Sánchez “podia ter feito mais”.
Várias regiões de Espanha foram afetadas pelo fenómeno metereológico conhecido por DANA, e a comunidade valenciana foi a mais afetada. Trata-se de uma das catástrofes naturais mais graves dos últimos 75 anos no país, ultrapassando as inundações de Biescas (Huesca), em 1996, com 87 mortos, e as inundações de Turia, em 1957, nas quais morreram entre 80 e 100 pessoas.
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