Patricia Swan começou o seu processo de ‘rejuvenescimento’ o ano passado quando, aos 75 anos, decidiu começar a acolher crianças que precisam de um lar, em Shropshire, Inglaterra.
Segundo contou à publicação The Guardian, tudo começou quando ouviu um apelo na rádio, onde pediam para que as pessoas que pudessem acolhessem algumas crianças. “Normalmente, o rádio é barulho de fundo, mas quando ouvi um pedido desesperado para a minha zona de residência, tive de fazer algo”, contou, explicando que ainda antes de começar o processo pensou que “seria demasiado velha” para ser aceite. Ainda assim, ela inscreveu-se e percebeu depois que não havia um limite de idade.
Bastaram seis meses para que recebessem em sua casa um bebé de 17 meses e a sua irmã, com seis meses. “Chorei ao ser aceite”, recordou, dando conta de que foi um choque quando os irmãos chegaram à sua residência, e que pensou: “O que estou eu a fazer?”
Segundo contou à imprensa, os medos que a assolaram nesse momento vieram tão rápido quanto foram, já que durante os sete meses que cuidaram das crianças foram não só benéficas para estes, como também para ela. “A menina tinha muitas dificuldades em comer, mas depois começou a acalmar-se e a conseguir alimentar-se”. Já o rapaz estava na fase em que os dentes crescem, uma altura mais tensa para todos aquelas que cuidam de crianças, mas Patricia viu esta situação de uma forma positiva: “Desenvolvemos laços fortes”.
A ideia de acolher algumas crianças, ainda que temporariamente, não era nova, já que uma das suas filhas, de 54 anos, já lhe tinha sugerido fazer isso. “Não sentia que tinha tempo”, justificou, contando que antes de começar a colher as crianças estava sempre a cuidar da casa e do jardim, e dos animais que a sua filha tem em casa. Mas sentia sempre que lhe faltava alguma coisa, já que “não se pode limpar a casa todos os dias” e ela se aborrecia de cozinhar.
Segundo contou Patricia, o seu dia a dia mudou agora para melhor. “As crianças mantém-me jovem. Por exemplo, passo muito tempo no jardim zoológico e não ia lá há anos. Adoro”, explicou ao Guardian, dando conta de que também “costumava ser resmungona” e que agora achava que era porque estava aborrecida. “Precisava de algo para estimular a minha vida e acolher as crianças deu-me algo”, contou.
Dese que abriu a sua porta ao acolhimento de crianças, Patricia e o marido já recebeu cinco crianças na sua casa e planeia continuara fazê-lo até ter saúde para tal.
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