O músico Paulo Alexandre morreu no domingo, 17 de novembro, aos 93 anos, revelou a Servilusa num comunicado enviado, esta segunda-feira, ao Notícias ao Minuto.
De acordo com a Servilusa, as cerimónias fúnebres realizam-se na terça-feira, dia 19 de novembro, das 18h00 às 23h, nas capelas exequiais da Basílica da Estrela, em Lisboa. As exéquias serão reservadas à família do artista.
Tal como recorda a Servilusa, Paulo Alexandre “é um dos grandes nomes da música portuguesa cuja voz marcou gerações e cujas canções transcenderam fronteiras”.
Iniciou a sua carreira artística em 1954, na Emissora Nacional, ao lado de figuras como Luís Piçarra, Maria de Lurdes Resende e Rui de Mascarenhas.
Em 1958, integrou o conjunto vocal Quatro de Espadas, destacando-se rapidamente tanto em grupo como a solo, nos palcos da rádio e da RTP.
Entre os 48 discos que editou, será sempre recordado pelo seu maior êxito, ‘Verde Vinho’, lançado em 1977. Esta canção tornou-se o seu emblema, conquistando dois discos de ouro em Portugal e um no Brasil, e permanece no imaginário de todos como uma obra intemporal.
Porém, Paulo Alexandre era mais do que um cantor. A sua paixão pela comunicação levou-o a ser locutor e produtor radiofónico na Rádio Renascença e na RDP, e a criar programas, séries e documentários para a televisão. Destacou-se, em particular, com ‘Mar Português – Possessio Maris’, uma obra que fundiu a poesia de Fernando Pessoa com o talento pictórico de Carlos Alberto Santos.
Homem de múltiplas facetas, conciliou a vida artística com uma distinta carreira como bancário, culminando na Direção do Departamento de Relações Internacionais do Banco Pinto & Sotto Mayor. Em 2010, a sua autobiografia, ‘Duas Vidas Numa Só, Entre Cifrões e Canções’, revelou as muitas dimensões do seu percurso.
Paulo Alexandre retirou-se da vida pública em 2000, com um concerto memorável que assinalou os 500 anos da Descoberta do Brasil.
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