“Tenho estado a abordar a questão com a atual administração do Banco Português de Fomento e com outros membros do Governo, qual é o sentido de o Estado investir em participações de capital e especificamente, nomeadamente, no capital semente ou áreas de muito ‘expertise’?”, afirmou Pedro Reis, que está a ser ouvido esta tarde na Assembleia da República, no âmbito da discussão, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2025.
O governante respondia a questões do deputado Carlos Guimarães Pinto, da IL, sobre se admite a extinção da Portugal Ventures ou a privatização de portefólio desta sociedade pública gestora de fundos de capital de risco, incluída no Banco Português de Fomento, vocacionada para apoiar o desenvolvimento de projetos inovadores e competitivos.
“Acho que é um dos cenários que tem de se colocar, sinceramente”, respondeu Pedro Reis.
O ministro da Economia defendeu uma reflexão “exigente, fria, racional e objetiva” e apontou que, se se concluir que não faz sentido o Estado investir em participações de capital, deve-se pensar no que “melhor protege o interesse público e aconselhar a venda”.
Mais tarde, o ministro clarificou que defende a ponderação de “um cenário em que haja algumas participações que não façam sentido e colocar a Portugal Ventures cada vez mais numa estratégia de coinvestimento de fundos, reciclá-la, revitalizá-la, repensá-la”.
“Nesse trabalho, estratégia de coinvestimento, podemos fazer participar os grandes grupos económicos e as ‘portugais ventures’ dessa nova formulação, nova encarnação, para coinvestir com as pequenas e médias empresas, acho que é interessante”, acrescentou.
A Portugal Ventures foi criada em 2012 e, segundo uma análise do jornal de Negócios publicada em junho, a sociedade de capital de risco acumulou perdas de 123,7 milhões de euros desde a sua fundação.
[Notícia atualizada às 19h54]
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