“Calculo que a capacidade restante de mísseis e foguetes é de cerca de 20 por cento e que o Hezbollah não está organizado como antes, em termos de como poderia lançar grandes barragens [de foguetes]”, disse Gallant durante uma visita à base do Comando Norte do exército israelita, declarações divulgadas pela imprensa israelita.
A estimativa surge numa altura em que o Walla, um diário ‘online’ israelita, citando altos funcionários, afirmou que as forças israelitas concluíram praticamente todos os seus objetivos militares no sul do Líbano, onde Israel lançou uma ofensiva há cerca de um mês para desmantelar as infraestruturas do grupo ao longo da fronteira.
A imprensa israelita também noticiou hoje que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, planeia reunir-se ao final da tarde com vários ministros e altos funcionários militares para discutir a possibilidade de um acordo para pôr fim à ofensiva no Líbano, embora nada esteja confirmado.
Israel, após mais de um ano de fogo cruzado com o grupo, que começou a disparar foguetes e ‘drones’ para o norte do Líbano um dia depois dos ataques de 07 de outubro do Hamas, iniciou há um mês uma campanha de bombardeamentos pesados contra o sul e o leste do Líbano e os subúrbios do sul de Beirute, um reduto do Hezbollah conhecido como Dahye.
Os ataques decapitaram a liderança do grupo xiita, considerado o satélite mais poderoso do Irão, mataram mais de mil pessoas e obrigaram mais de um milhão de libaneses a fugir.
Além disso, as forças israelitas invadiram o sul do Líbano na madrugada de 01 deste mês, numa ofensiva que Israel descreve como “incursões limitadas” contra as infraestruturas do grupo ao longo da fronteira e que levou à evacuação de mais de uma centena de cidades libanesas.
Desde que o país lançou a sua ofensiva terrestre, pelo menos 34 soldados foram mortos em combate em território libanês e nove outros foram mortos em ataques xiitas em território israelita. Sete civis foram também mortos no norte de Israel.
Israel invadiu o Líbano após semanas de bombardeamentos e ataques contra o país, incluindo a explosão coordenada de milhares de aparelhos de comunicação, depois de quase um ano de combates com o Hezbollah na zona fronteiriça.
O Governo libanês calculou que os ataques israelitas iniciados provocaram cerca de 2.700 mortos e de 12.500 feridos.
O Hezbollah, apoiado pelo Irão, começou a bombardear o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar de Telavive em Gaza desde que atacou solo israelita em 7 de outubro.
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