“Esperam-nos dias complexos”, declarou o porta-voz, Daniel Hagari, em conferência de imprensa, atualizando o número anterior, que dava conta de 800 alvos do Hezbollah atingidos.
Segundo o Exército, o ataque em grande escala hoje no sul e leste do Líbano visou edifícios, veículos e infraestruturas onde os foguetes, mísseis, plataformas de lançamento e drones “representam uma ameaça” para Israel.
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, indicou por sua vez em comunicado de imprensa que só hoje o Exército “neutralizou dezenas de milhares de ‘rockets’ e munições de precisão” no Líbano, observando que se tratava de um “pico significativo”.
“Esta é a semana mais difícil para o Hezbollah desde a sua criação” em 1982, comentou.
Os ataques aéreos israelitas mataram hoje 274 pessoas, incluindo 21 crianças, segundo o ministro da Saúde libanês, os mais mortíferos desde o início dos confrontos transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah, em outubro passado.
O Governo israelita aprovou hoje uma declaração de “situação especial na frente interna” para todo o país, que se aplica a contextos de emergência para dar às autoridades maior jurisdição sobre a população civil, incluindo proibição de reuniões.
O grupo libanês apoiado pelo Irão tem visado militarmente território israelita desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas no sul de Israel, que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza.
Desde então, Israel e Hezbollah têm trocado tiros numa base diária, provocando a deslocação de dezenas de milhares de pessoas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Na última semana, Israel intensificou os seus ataques contra o Hezbollah no Líbano, à medida que as autoridades de Telavive anunciaram uma deslocação das operações militares da Faixa de Gaza para o norte do país.
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