Os casos de sarampo sofreram um aumento de 200%, um pouco por toda a Europa, no último ano. Dados de um relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde e do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano mostram que, a nível mundial, foram declarados 10,3 milhões de casos, o que representa um aumento de 20% nos casos mundiais face a 2022, facto que reforça a importância da vacinação.
Em Portugal, o Programa Nacional de Vacinação prevê a administração gratuita de duas doses da vacina contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola para as crianças em dois momentos: aos 12 meses e aos cinco anos.
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O sarampo “é uma das infeções virais mais contagiosas”, explica a rede de saúde CUF. A doença transmite-se por via aérea, quando um indivíduo inala gotículas ou aerossóis projetados pela pessoa infetada, nomeadamente quando esta espirra ou tosse.
O tempo de incubação do sarampo é de oito a 13 dias. Ou seja, pode ser portador do vírus sem o saber, sendo que “o contágio ocorre aproximadamente seis dias antes e quatro dias depois do aparecimento das primeiras placas avermelhadas na pele”. Febre, corrimento nasal, irritação na garganta, tosse seca e vermelhidão dos olhos são os principais sintomas.
“Apesar de se tratar habitualmente de uma doença benigna, podem surgir quadros clínicos de maior gravidade, com envolvimento do sistema nervoso central (encefalite) ou dos pulmões (pneumonia). Em casos extremos, o sarampo pode matar”, pode ler-se num artigo do portal do grupo Lusíadas.
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Acrescenta que “o sarampo tem maior gravidade potencial quando estão em causa crianças até cinco anos e adultos com mais de 20 anos, aumentando o risco entre mulheres grávidas e outras pessoas com o sistema imunitário comprometido”. Mais: “Nos países com altas taxas de vacinação, como é o caso de Portugal, os profissionais de área da saúde, trabalhadores de portos e aeroportos e de hotelaria apresentam maior possibilidade de contrair sarampo, devido à maior exposição a indivíduos de países que não adotam a mesma política de controlo da doença”.
A maioria dos infetados recupera por si próprio, até porque não existem medicamentos específicos para tratar o sarampo. Ainda assim, os antibióticos podem ser necessários quando ocorrem complicações secundárias, como uma pneumonia.
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