Num comunicado, a Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH) deu conta dos dados dos primeiros nove meses do ano, em parceria com o ISCTE.
Segundo a entidade, observa-se “uma diminuição nas colocações de trabalho temporário no 3.º trimestre de 2024, face ao mesmo período de 2023, com diminuição de 3.816 pessoas em julho (-11,1%), 3.130 pessoas em agosto (-9,9%) e 3.582 pessoas em setembro (-10,3%)”.
De acordo com a associação, no total, “a diminuição no número de colocações no 3.º trimestre de 2024 face ao mesmo período do ano anterior foi de -10,44% (100.819 em 2023 vs. 90.291 em 2024) e ainda -16,4% abaixo do mesmo período em 2022 (107.976 colocações)”.
Por outro lado, destacou, “desde o início do ano que é possível observar uma tendência positiva na colocação de trabalhadores com contrato de trabalho temporário: 85.372 colocações no 1.º trimestre, 90.628 colações no 2.º trimestre e 90.291 no penúltimo trimestre do ano”, lê-se na mesma nota.
A associação indicou que “apesar da ligeira diminuição no 3.º trimestre face ao 2.º trimestre, com menos 337 (-0,4%) pessoas”, em setembro existiu um aumento de 10% face a agosto “com mais 2.895 trabalhadores com contrato de trabalho temporário”, destacando que “setembro é mesmo o melhor mês do ano, até ao momento”.
A APESPE-RH disse ainda que o Índice do Trabalho Temporário, “apesar de ainda estar abaixo dos valores comparativos aos períodos homólogos de 2022 e 2023, demonstra sinais positivos de crescimento, ainda que ligeiros, desde o início deste ano, fixando-se em 0,89 em julho e 0,90 em agosto e setembro”.
Os dados revelados pela associação mostram ainda que se verifica “uma ligeira diminuição da contratação de trabalhadoras do género feminino em julho e agosto (43% em ambos), em relação a 44% no mês de setembro”.
Já ao nível etário, “entre 24% a 26% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos, no 3.º trimestre de 2024”, sendo que cerca de 21% têm entre 25 e os 29 anos.
“O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas de trabalhadores com contrato de trabalho temporário (entre 58% a 59% no 3.º trimestre do ano)”, destacou, indicando que se seguem as colocações de ensino secundário (31% a 33%).
A associação revelou também que as empresas de fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis continuam “em primeiro lugar no 3.º trimestre (cerca de 8% a 9%)”, seguidas pelas atividades auxiliares dos transportes, com 7% a 9%.
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