“Um ataque de pânico é como estar a preparar-se num ringue para lutar com ninguém. O corpo prepara-se para lutar, fugir ou congelar de um perigo que não existe. Apenas é percepcionado na nossa mente.” É desta forma que a psicóloga Sara Crispim resume o que se sente durante um ataque de pânico.
Na rede social Instagram, explica que “começa sem aviso”, com um gatilho. “Pequenos sinais de desconforto transformam-se rapidamente em pensamentos catastróficos e num medo intenso”, o que leva o corpo a reagir “com mil sintomas físicos”, como tonturas e sensação de desmaio.
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É nesta fase que o ataque de pânico atinge o seu pico: coração dispara e a respiração torna-se difícil. “Achamos que vamos ter um ataque cardíaco ou que vamos morrer”, explica a psicóloga.
Gradualmente, “o corpo e a mente começam a acalmar, mas a sensação de exaustão e cansaço é enorme”. Nesta fase, os sintomas começam a diminuir, mas a sensação é de exaustão.
“Após o pânico, é fundamental ter o acolhimento de pessoas de suporte”, sublinha ainda.
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Serviços telefónicos de apoio emocional em Portugal
SOS Voz Amiga (entre as 16 horas e as meia-noite) – 213 544 545 (número gratuito) – 912 802 669 – 963 524 660
Conversa Amiga (entre as 15 e as 22 horas) – 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159
SOS Estudante (entre as 20 horas e a uma da madrugada) – 239 484 020 – 915246060 – 969554545
Telefone da Esperança (entre as 20 e as 23 horas) – 222 080 707
Telefone da Amizade (entre as 16 e as 23 horas) – 228 323 535
Todos estes contatos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende. No SNS24 (808 24 24 24), o contacto é assumido por profissionais de saúde. Deve selecionar a opção 4 para o aconselhamento psicológico. O serviço está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.
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