O Metropolitano de Lisboa garantiu, esta quinta-feira, que “sempre cumpriu o pagamento de todas as remunerações devidas aos seus trabalhadores” e negou a existência de “qualquer dívida ou pagamento em atraso”.
Em causa está uma greve parcial dos trabalhadores durante a manhã desta quinta-feira devido aos “incumprimentos sucessivos” da empresa quanto a pagamentos, de acordo com a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
Num comunicado, enviado às redações, o Metropolitano lamentou os “inconvenientes causados aos clientes” pela greve, mas fez questão de esclarecer “os motivos apresentados pelas Organizações Representativas dos Trabalhadores”.
“O Metropolitano de Lisboa E.P.E. sempre cumpriu o pagamento de todas as remunerações devidas aos seus trabalhadores, nos termos da Lei e dos respetivos Acordos da Empresa, designadamente no que respeita ao trabalho suplementar, trabalho em dias de descanso, de entre as demais remunerações variáveis”, garantiu a empresa, acrescentando que “não existe qualquer dívida ou pagamento em atraso no Metropolitano de Lisboa E.P.E. aos seus trabalhadores”.
Lembrando que, em 2021/2022, “alguns trabalhadores” avançaram com “ações em tribunal reivindicando diversas correções ao cálculo dos montantes referentes ao subsídio de natal, subsídio de férias e retribuições de férias”, o Metropolitano assegurou que “à data de hoje, não existe a quantidade de decisões judiciais necessárias que permitam ao Metropolitano de Lisboa E.P.E. alterar o procedimento em vigor”.
“De 31 processos em tribunal, apenas nove têm decisão final, quatro dos quais ganhos integralmente pelo Metropolitano de Lisboa E.P.E., tendo o Metropolitano de Lisboa E.P.E., nos restante cinco, sido condenado parcialmente (em alguns casos numa pequena parte do requerido)”, lê-se.
A empresa denunciou ainda que as “Organizações Representativas dos Trabalhadores recusaram, já esta semana, a proposta do Conselho de Administração para a realização de uma reunião técnica, para ultrapassar as divergências de interpretação das sentenças judiciais já conhecidas”.
Sublinhe-se que os trabalhadores do Metro de Lisboa cumpriram hoje uma greve entre as 05h00 e as 10h00 que, segundo a FECTRANS, teve uma adesão superior a 90%, levando ao encerramento de todas as estações.
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