Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) – CGTP-IN realçam que, em 2023, o Grupo AdP viu os lucros aumentar 2,2%, para 102 milhões de euros, “mas para os trabalhadores sobraram apenas ‘tostões’, com a administração a propor uma atualização salarial ao nível da esmola”.
“O STAL e a Fiequimetal exigem que as justas reivindicações dos trabalhadores sejam aplicadas, designadamente a aplicação, na íntegra, do Acordo Coletivo de Trabalho [ACT], cujo incumprimento tem conduzido os trabalhadores ao empobrecimento”, referem.
Aquelas estruturas sindicais assinaram, em 2018, uma Ata de Entendimento com o Conselho de Administração para iniciar as negociações sobre a tabela salarial e a estrutura de carreiras, mas, passados seis anos, os sindicatos dizem que continua por cumprir o acordado.
Assim, os sindicatos convocaram uma concentração de trabalhadores, na quinta-feira, junto à sede da empresa, em Lisboa, para exigir um aumento salarial de 150 euros para todos os trabalhadores, a revisão do ACT e o desbloqueio da negociação.
“Existem também matérias que não exigem esforço financeiro imediato, apenas boa vontade, designadamente, a definição de uma estrutura de carreiras e níveis remuneratórios, que distinga e valorize as diferentes profissões e o tempo de serviço nas empresas do Grupo AdP”, sublinham as estruturas.
Entre as reivindicações estão também um salário de entrada de 1.100 euros, subsídio de refeição de 12 euros e de prevenção de 2,30 euros, a aplicação do Suplemento de Penosidade, Insalubridade e Risco, a redução da jornada de trabalho para as 35 horas semanais e 25 dias de férias.
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