Pedro Reis discursava no palco principal da Web Summit, no dia em que aquela que é considerada a maior cimeira tecnológica do mundo termina.
“Caros amigos, tenho o prazer de anunciar aqui e hoje o compromisso do Governo português em criar um novo fundo ‘deep tech’ de 100 milhões de euros em Portugal, a fim de acelerar a vossa inovação tecnológica disruptiva com uma dotação pública de 50 milhões de euros e co-investimento com fundos institucionais adicionais para a participação restante do fundo”, afirmou o ministro.
O novo fundo ‘deep tech’ (tecnologia altamente sofisticada) “será lançado o mais tardar no primeiro trimestre de 2025”, avançou o ministro.
Além disso, “iremos também comprometer outros 10 milhões de euros em fundos de ignição e em ‘vouchers’ que serão concedidos às suas ‘startups’ que lidam com modelos ‘deep tech’ e sustentabilidade”, com o objetivo de apoiar as candidaturas ao acelerador para ‘deep tech’ do European Innovation Council Accelerator for Deep Tech”.
Posteriormente, em comunicado, foi detalhado que o Governo, “através do Ministério da Economia, vai lançar um programa de financiamento de projetos ‘deep tech’, o Deep2Start, no valor de 60,6 milhões de euros de financiamento público e com a capacidade de alavancar um investimento total de 110,6 milhões de euros”.
Este programa, “que concretiza as medidas 15, 16 e 17 do Programa Acelerar a Economia, visa promover o desenvolvimento de projetos ‘deep tech’ e de ‘startups’ com elevado potencial de inovação tecnológica disruptiva em Portugal”.
Este programa – Deep2Start – é composto por duas iniciativas: “o novo Fundo Deep Tech, que contará com 50 milhões de euros de financiamento público e capacidade para mobilizar outros 50 milhões de euros de investidores privados”.
Este “deverá também assegurar investimentos em setores estratégicos para a transição verde e energética”, lê-se no comunicado.
“Este financiamento será canalizado através de parcerias, para assegurar a seleção adequada dos projetos ‘deep tech’ mais promissores em Portugal. Está neste momento em análise a definição de parcerias com o Banco Português de Fomento, a Portugal Ventures e o Fundo Europeu de Investimento”, acrescenta.
Depois, há “10,6 milhões de euros de financiamento público adicional, distribuídos em articulação com a ANI, Portugal Ventures e Startup Portugal”.
Este montante será direcionado para novos fundos de ignição que visam a transferência e valorização de conhecimento tecnológico e científico da academia para o ecossistema, bem como o apoio a ‘start-ups’ em estado inicial de financiamento; e ‘vouchers’ para apoiar a candidatura de projetos ‘deep tech’ ao European Innovation Council Accelerator, um programa da Comissão Europeia que apoia ‘startups’ e pequenas e médias empresas através de subvenções de capital, detalha.
“O programa Deep2Start vem juntar-se ao anúncio feito esta semana pelo Fundo Europeu de Investimento de disponibilização de 90 milhões de euros em fundos portugueses para acelerar o crescimento de ‘start-ups’ europeias, com foco também em ‘deep tech’ e cibersegurança”, acrescenta.
[Notícia atualizada às 15h50]
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