José Cesário elogiou o posto de Londres por estar a servir mais pessoas, “com uma receita [emolumentar] que já é idêntica à de Paris ou superior” e por ter adotado o chamado “agendamento híbrido ou diversificado”, que permite a marcação não apenas através da plataforma ‘online’ mas também por email e telefone.
“O problema aqui é que as pessoas não sabem. Há muita gente que não usa as redes sociais”, disse, lamentando que ‘a imagem genérica que existe dos postos consulares é negativa”.
“Para nós melhorarmos isto, nos casos em que está a haver visivelmente melhorias, nós temos de aumentar e melhorar a informação para as pessoas de todas as formas possíveis (…) sem esquecer o método mais expedito, mais prático para as tais pessoas que não utilizam os meios informáticos, que é através do papel colocado nas festas, nos cafés, nos restaurantes, na igreja, nas missas”, urgiu.
O governante quer mudar a opinião que os emigrantes têm dos consulados formada por comentários de outras pessoas e que nem sempre correspondem à atualidade.
Cesário sugere que os funcionários dos consulados no Reino Unido e em outros países colaborem com associações ou aproveitem eventos para divulgar esta informação através de cartazes ou panfletos.
“Isto foi feito no passado em ‘ene’ comunidades com total sucesso”, garantiu.
O secretário de Estado falava aos jornalistas após um encontro com conselheiros das Comunidades Portuguesas na Embaixada de Portugal no Reino Unido, que concluiu a visita de trabalho de um dia a este país.
Antes participou num evento sobre intercâmbio económico em Cambridge e reuniu com o embaixador, Nuno Brito, o cônsul-geral de Portugal em Londres, Manuel Grainha do Vale, e outros diplomatas.
Uma das questões abordadas foi a do ensino do português no Reino Unido, onde faltam professores para dois horários.
“Aqui não é dos piores casos. Temos situações mais graves na Suíça e em França”, revelou, referindo para um problema generalizado de falta de docentes nas redes de ensino nacionais em Portugal e em outros países europeus.
Cesário reconheceu que uma agravante para atrair professores para a rede do ensino do Português no estrangeiro é o nível salarial baixo, para a qual quer encontrar solução.
“Globalmente, existem 1.700 alunos para os quais ainda não conseguimos arranjar professores, mas há mês e meio eram 4.000. Estamos agora a fazer recrutamentos locais, o que significa muitas vezes pescar à linha, andar à procura de professores. Os serviços dizem-me que têm fé que conseguirão na maior parte dos casos, provavelmente não em todos”, concluiu.
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