O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da REN atingiu 388,5 milhões de euros, “uma diminuição de 1,8% face ao mesmo período do ano anterior”, devido a uma redução da atividade doméstica (-2,5 milhões de euros) e internacional (-4,4 milhões de euros), adiantou.
Segundo a empresa, “a atividade em Portugal foi impactada pelo esperado efeito negativo da nova regulação do segmento do gás, parcialmente compensado por melhores resultados operacionais no segmento de transmissão de eletricidade”.
A REN apontou um desvio na ‘performance’ da empresa no Chile, que reflete “o reconhecimento, em 2023, de um proveito extraordinário de 3,9 milhões de euros”.
A empresa destacou que a queda no resultado líquido se deveu a uma “menor contribuição do EBITDA (-6,9 milhões de euros) e resultados financeiros mais baixos (-10,9 milhões de euros)”.
A REN deu ainda conta de um aumento do investimento (Capex) para 212,9 milhões de euros, uma subida de 35,8 milhões de euros em termos homólogos, adiantando que “resulta, entre outros fatores, do incremento do investimento na rede elétrica em Portugal, para possibilitar a integração de novos centros de produção elétrica através de fontes renováveis”.
Estes investimentos, assegurou, “refletem o compromisso da REN com a transição energética e o apoio à política energética do país”, sendo que para “responder adequadamente aos desafios crescentes da atividade operacional, o número de colaboradores da REN aumentou de 741 para 770 (+4%)”.
Por outro lado, a dívida líquida situou-se em 2.568 milhões de euros, uma redução de 180,7 milhões de euros face ao valor registado no final de 2023, adiantou.
A REN destacou ainda que “sem considerar o efeito dos desvios tarifários, a dívida atingiria 2.358,4 milhões de euros”.
Segundo a empresa, “o consumo de energia elétrica em Portugal registou um crescimento homólogo de 1,7%, ou 2,3% corrigindo os efeitos de temperatura e número de dias úteis”, sendo que nos primeiros nove meses do ano, “a produção renovável abasteceu 73% do consumo, o que compara com 55% a setembro de 2023”.
Assim, “a produção hidroelétrica abasteceu 31% do consumo, a eólica 26%, a fotovoltaica 10% (um aumento de 34% em comparação com o ano anterior) e a biomassa 6%”, disse a REN, acrescentando que “a produção a gás natural abasteceu 8% do consumo e os restantes 19% correspondem ao saldo importador”.
Já o consumo de gás natural reduziu-se em 22,8% em relação ao período homólogo, “com o segmento convencional a registar um aumento de 2,1%”, destacou.
A REN garantiu também que registou “um tempo de interrupção equivalente de 0,01 minutos na transmissão de eletricidade, e uma taxa combinada de disponibilidade de 100% no transporte de gás”, tendo ainda reduzido as emissões.
[Notícia atualizada às 17h26]
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