“Nestes próximos dias a ministra da Cultura e a secretária de Estado da Cultura vão mudar-se para o Campus XXI, reforçando a concentração do espaço do Governo”, disse António Leitão Amaro, que está a ser ouvido no parlamento no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025.
O Ministério da Cultura funciona atualmente no Palácio Nacional da Ajuda.
O ministro acrescentou que simultaneamente vão continuar a ser transferidas para o Campus XXI várias entidades da administração pública, tendo sido o Centro de Planeamento e Avaliação de Politicas Púbicas o último a mudar-se.
“No fim deste processo de mudança física teremos um centro, um ecossistema de governação, que compartilha com proximidade e políticas públicas”, disse.
Vários ministérios estão a ser concentrados no Campus XXI, onde ainda funciona a Caixa Geral da Depósitos.
Questionado pela deputada da Iniciativa Liberal Mariana Leitão, sobre o destino a dar aos imóveis que vão ser libertados com a concentração dos ministérios na sede da Caixa Geral Depósitos, o ministro respondeu que o objetivo será “o investimento público em habitação”.
“Temos a lista dos 27 [imóveis], a ideia é que alguns são aplicados diretamente em habitação com investimento público através da modalidade Parceria Público-Privada que permita uma concessão para contratos com renda que possa ser para a classe média”, explicou.
Leitão Amaro adiantou que outros imóveis são alienados, revertendo o produto da venda em investimento em habitação pública.
Como exemplo, referiu que há um edifício de escritórios na Avenida da Liberdade, onde era o Ministério da Economia, mas “não faz sentido fazer um edifício habitacional”, sendo “muito mais racional aliená-lo, pegar na receita e investir noutro sítio em habitação pública”.
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