Ativistas do grupo de justiça climática Just Stop Oil pintaram o muro da embaixada dos Estados Unidos em Londres, no Reino Unido, esta quarta-feira, na sequência da vitória de Donald Trump.
“Esta manhã, o mundo acorda e descobre que se afundou ainda mais no fascismo e no colapso climático. A vitória de Trump põe em risco a vida das pessoas comuns, em todo o lado. Os sistemas políticos que podem ser comprados pelas grandes petrolíferas não têm qualquer valor quando enfrentamos o maior desafio do nosso tempo”, escreveu o coletivo na rede social X (Twitter).
O grupo argumentou que, “enquanto a democracia for sequestrada por interesses corporativos e bilionários, não conseguirá produzir a mudança que as pessoas reclamam”.
“Isto deixará sempre a porta aberta a falsos populistas como Trump para explorar o descontentamento que muitos sentem. Chegou a altura de as pessoas comuns se erguerem, se organizarem e fazerem a mudança acontecer, porque já devia ser claro que nenhum líder político nos vem salvar”, complementou.
É que, na ótica dos ativistas, “o único verdadeiro vencedor das eleições de hoje é o poder corporativo que controla os principais partidos tanto nos Estados Unidos, como no Reino Unido”, que “continuam a garantir que os interesses da indústria dos combustíveis fósseis continuarão a ter prioridade sobre o bem-estar das pessoas comuns”.
“Só se as pessoas se unirem para perturbar o ‘business-as-usual’ é que a humanidade terá alguma hipótese de minimizar os efeitos do colapso climático e o colapso social que se lhe segue. Em Espanha, esta semana, centenas de corpos continuam a ser arrastados da lama – este é apenas um pequeno presságio do que está para vir se não mudarmos de rumo imediatamente”, recordaram, numa referência às inundações que assolaram Valência e arredores, na semana passada.
Saliente-se que o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, venceu as eleições presidenciais de terça-feira, tornando-se o 47.º presidente dos Estados Unidos.
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