Numa mensagem de vídeo, Netanyahu afirmou que a “chave” para o restabelecimento da paz, com ou sem acordo, é conduzir o Hezbollah para norte do rio Litani, impedir as suas tentativas de rearmamento e “responder com firmeza” a qualquer tentativa do grupo de atacar Israel.
“Em termos simples: fazer cumprir, fazer cumprir”, disse Netanyahu, numa mensagem semelhante à que transmitiu na última semana, durante a visita do mediador norte-americano para o conflito libanês, Amos Hochstein.
Nessa missiva, parecia sugerir que Israel pretende reservar-se o direito de atacar novamente o Líbano se o Hezbollah não cumprir os requisitos de uma eventual trégua.
O primeiro-ministro israelita também deixou claro que um dos seus principais objetivos é cortar o “fornecimento de oxigénio” do Irão ao Hezbollah através da Síria, depois de o exército israelita ter bombardeado alguns postos de passagem na fronteira sírio-libanesa através dos quais, segundo ele, o grupo xiita transporta armas.
Durante a sua visita ao norte de Israel, a segunda desde o início da invasão israelita do sul do Líbano no início do mês passado, Netanyahu reuniu-se com vários comandantes e enviou uma mensagem de apoio aos reservistas.
Desde o início da guerra em Gaza e, em seguida, a ofensiva no Líbano, deu-se em Israel a convocação de um número sem precedentes de soldados na reserva.
O chefe do Governo disse que o seu gabinete está a trabalhar num plano nacional para apoiar as famílias dos reservistas israelitas.
Na quinta-feira passada, após a reunião de Netanyahu em Jerusalém com Hochstein, o seu gabinete emitiu uma breve mensagem, deixando claro aos EUA que qualquer acordo para pôr fim ao conflito no Líbano deve permitir que Israel o aplique.
“A questão principal não é a papelada de um acordo ou de outro, mas a capacidade e a determinação de Israel de o fazer cumprir e de lidar com qualquer ameaça à sua segurança proveniente do Líbano”, afirmou, na altura, o gabinete do primeiro-ministro israelita.
A mensagem parecia referir-se à exigência, noticiada nas últimas semanas pelos meios de comunicação israelitas e norte-americanos, de que o possível cessar-fogo com o grupo xiita Hezbollah também permita a Israel utilizar o espaço aéreo libanês e que as suas tropas participem “ativamente” na garantia do cumprimento do acordo, algo que parece difícil de aceitar pelas autoridades libanesas.
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