“Os portugueses quiseram mudança, escolheram a AD. Deixem o Governo da AD governar, cumprir o programa que os portugueses escolheram”, afirmou Paulo Núncio no encerramento do debate na generalidade do Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2025).
O deputado do CDS-PP indicou que o Governo quer “reformar o país, criar riqueza para consolidar o Estado social” e defendeu que para tal precisa “deste orçamento e não de uma manta de retalhos tecida por conluios na especialidade”.
“Já bastou de jogos partidários, está na altura de pôr as pessoas em primeiro lugar e o país a crescer”, defendeu.
O centrista apontou que “este não é o orçamento que a AD gostaria de apresentar, é o orçamento que a AD pôde apresentar”, mas salientou que tem marcas que “são identitárias”, desde logo no que toca à descida de impostos.
O líder parlamentar do CDS-PP indicou que o OE2025 “baixa a carga fiscal”, “sobe pensões, aumenta o Complemento Solidário para Idosos e as verbas para o setor social” e, ainda, visa uma “maior regulação nas migrações, com o maior aumento de sempre para polícias e militares”.
Sobre o IRC, o deputado do CDS-PP sustentou que “é crucial” baixar este imposto para as empresas e salientou que “não baixar seria descaracterizar o orçamento e privar o país de um dos compromissos centrais da AD”.
“Este é um orçamento que começa a libertar os portugueses da asfixia fiscal socialista, que pela primeira em oito anos vai baixar a carga fiscal sobre famílias e empresas”, indicou, criticando aqueles que são “liberais nas ideias, socialistas nos votos”.
Paulo Núncio considerou também que “este debate revelou quem está mais preocupado com o país e quem está interessado em supostos ganhos políticos à custa do país” e em “criar o caos”, considerando que “aos extremos parece que interessa a instabilidade política” e que “os cidadãos desconfiem das instituições”.
O democrata-cristão acusou os socialistas de terem deixado “o país com graves problemas” e as famílias e empresas sob um “sufoco fiscal”, que agora queriam “teimosamente manter”.
Paulo Núncio criticou os partidos que “definem o voto mesmo antes de conhecer” o orçamento e também os que se “autoexcluem para depois se queixarem de não terem sido tidos em conta” e defendeu que ambos são “sempre parte do problema, nunca parte da solução”.
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