O ‘hub’, um espaço de 600 metros quadrados com 10 escritórios para ‘startups’ e 12 lugares em ‘open space’ pretende “criar uma comunidade à volta da sustentabilidade e da mobilidade, que una ‘startups’ com talento, com empresas, com investidores e com as universidades”, disse à agência Lusa o diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, Gil Azevedo.
“Ao agregar todos os intervenientes destas áreas, consegue-se ganhar escala e ao ganhar escala, começar a atrair projetos maiores e apoiar projetos a escalarem de uma forma mais rápida”, afirmou o responsável pela Unicorn Factory Lisboa, que tem desenvolvido uma estratégia de criar uma rede de bairros de inovação que conta atualmente com os ‘inovation district’ do Beato, Alvalade e Saldanha.
O terceiro ‘hub’ ficará localizado em Entrecampos, no edifício da Critical Software e conta já, segundo Gil Azevedo, “com 16 ‘startups’ associadas, das quais seis estão fisicamente no ‘hub’ e as outras 10 estão remotas”.
O ‘hub’ conta também com “uma rede de parceiros muito forte que dará apoio a esta comunidade” e que integra grupos nacionais e internacionais na área da sustentabilidade e da mobilidade.
No arranque deste terceiro ‘hub’ Gil Azevedo contabilizou “110 postos de trabalho já criados” e uma ocupação do espaço “na ordem dos 55%”, estimando que no início de 2025 “o espaço vá ficar completo”.
“O trabalho do ‘hub’ vai ser, exatamente, acelerar estas ‘startups’ por forma a que elas próprias possam captar mais investimento e também criar mais postos de trabalho”, disse o diretor da Unicorn Factory Lisboa.
Ainda de acordo com o responsável, o investimento inicial, não revelado, “é assegurado pela cidade de Lisboa, em menos de 50%, e o restante pelos parceiros privados”, sendo que a expectativa é de que o projeto, “desenhado para ter resultados positivos”, esteja dentro de três meses em ‘breakeven’ [ponto em que os ganhos igualam os custos] “.
O projeto “está em linha com a visão anunciada pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, quando anunciou este projeto da fábrica de Unicórnios, que é colocar Lisboa e Portugal como um grande polo de inovação a nível Internacional”, salientou Gil Azevedo, lembrando que até ao final do ano a Unicorn Factory Lisboa criará o “AIhub”, com “um edifício inteiro focado em Inteligência Artificial”.
A Unicorn Factory Lisboa, que fecha o ano de 2024 com três bairros de inovação e quatro ‘hubs’ na cidade, tem como missão criar um ecossistema transformador desenhado para promover a inovação e o crescimento em setores específicos da indústria em Lisboa, juntamente com parceiros relevantes dessas áreas.
Lançada em 2022 na Web Summit, por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, a Unicorn Factory Lisboa é a marca chapéu de várias iniciativas e programas que potenciam ‘startups’ e ‘scaleups’ nacionais e internacionais.
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