O grupo de 41 cidadãos, composto por 16 portugueses e familiares, que pediram ajuda para regressar a Portugal, já aterrou no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa.
Em declarações aos jornalistas, no local, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, destacou que é uma “situação de alta sensibilidade para todos” e também um “momento muito difícil” para estas pessoas, que “deixaram as suas casas numa altura de guerra”, sem saber “o que vai acontecer a seguir”.
O governante adiantou ainda que “não está prevista mais nenhuma operação”, dado que o Governo está “em contacto com todos os cidadãos portugueses e com as suas famílias, no Líbano” e todos têm sido “contactados um a um, no sentido de manifestarem o seu interesse” em deixar o país.
Assim, explicou que, se algum destes portugueses mudasse de ideias, “provavelmente, não seria necessário fazer uma operação destas porque” o Governo teria “capacidade de pedir a algum Estado amigo”.
Esta foi a segunda missão da Força Aérea de repatriamento de portugueses do Líbano. No total, o governo português já retirou 85 pessoas do país.
No voo militar de hoje, note-se, veio um grupo de 41 cidadãos composto por 16 portugueses e familiares de outras nacionalidades – oito do Líbano, cinco de Espanha, oito de São Tomé, um do Brasil, um de Angola, um da Rússia e um de França.
Na semana passada, já tinha chegado do Líbano um grupo de 44 pessoas, composto por 28 cidadãos portugueses e pelas respetivas famílias.
Israel intensificou os bombardeamentos no Líbano desde 23 de setembro, depois de uma ofensiva de 11 meses na Faixa de Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita, a que se seguiu um ataque do Hezbollah, grupo considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos.
As forças israelitas iniciaram operações terrestres “limitadas” no sul do Líbano na madrugada de terça-feira, embora o grupo xiita libanês Hezbollah afirme que está a conter a ofensiva, que até agora está a ter lugar nas aldeias mais próximas da linha divisória comum.
No último ano, segundo o governo, mais de 2.000 pessoas foram mortas e perto de 9.500 ficaram feridas em ataques israelitas em diferentes partes do Líbano.
O relatório refere que a maioria das vítimas ocorreu cerca de duas semanas após o início da campanha de bombardeamentos israelitas em massa.
[Notícia atualizada às 23h00]
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