Duas semanas após ter sido despedido da seleção do Egito, Rui Vitória resolveu recorrer às redes sociais, este sábado, para deixar uma reflexão em torno da sua saída, após a eliminação no Campeonato Africano das Nações (CAN), sobretudo ao vincar que foi nomeado para melhor selecionador do mundo, tendo apenas somado uma derrota em 18 jogos.

“Por decisão da EFA [Federação de Futebol do Egito], o meu ciclo como treinador da seleção do Egito chegou ao fim. Agora que já se passaram alguns dias do anúncio oficial, e depois de um período de reflexão, posso dizer que saio depois de 19 meses, 18 jogos, em que tive apenas uma derrota, e com nomeação para melhor treinador da seleção do mundo”, começou por escrever o treinador ex-Benfica e Vitória SC, que se encontrava no Egito desde 2022.

“O que significam estes números? Significam que nos dedicámos a construir uma base sólida para o presente e futuro do futebol egípcio, enfrentando vários desafios com determinação e um foco inabalável na excelência. O contrato de quatro anos que assinei foi destinado, como era publicamente conhecido, ao trabalho de base de preparação e renovação da equipa para o Campeonato do Mundo 2026. Estamos no início de 2024”, vincou de seguida.

“Cheguei num momento desafiador, com objetivo de mudar a situação da seleção, ausente da última copa do mundo e no último lugar de qualificação para o CAN. Nossa qualificação e resultados subsequentes são um testemunho da capacidade de superar desafios e da qualidade do trabalho desenvolvido. Obviamente não ficamos satisfeitos com a eliminação por penáltis no último CAN. Mas sabemos as adversidades que enfrentamos, sobre as quais poderei falar mais tarde”, atirou ainda, antes de iniciar a ronda de agradecimentos.

“Agradeço à minha equipa técnica, ao staff, e principalmente aos jogadores, cujo empenho e paixão foram essenciais. Aos fãs e ao povo do Egito, o meu profundo obrigado pelo apoio constante. Esta experiência enriqueceu-me profissionalmente e pessoalmente e deixa-me convencido, como sempre disse, de que o futuro do futebol egípcio pode ser, se todos assim o desejarem, promissor. Obrigado, Egito, por esta viagem memorável”, completou.

Recorde-se que a caminhada do Egito na prova africana foi feita à base de empates, sendo que, após ter ultrapassado a fase de grupos com três pontos (fruto de três igualdades), acabou por ser eliminado pela República Democrática do Congo (8-7 em grandes penalidades), após novo empate (1-1).

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