O naufrágio de uma embarcação fez, no domingo, dois mortos em Tróia. Uma pessoa foi resgatada com vida, enquanto as buscas prosseguem, esta segunda-feira, pelas duas pessoas que continuam ainda desaparecidas. Mas, o que se sabe sobre o acidente e sobre as vítimas?

O acidente terá acontecido cerca das 07h00, mas o alerta para a Polícia Marítima só foi dado às 10h05. A bordo da embarcação seguiam dois irmãos, de 21 e 23 anos, um pai, de 45, e um filho, de 13 anos, bem como o dono do barco, um timoneiro de 62.

O dono da embarcação foi resgatado com vida “por uma embarcação que se encontrava nas proximidades”, informou a Autoridade Marítima Nacional (AMN), enquanto os meios foram ativados para as buscas das quatro pessoas que se mantinham, na altura, desaparecidas. Mais tarde, os corpos da criança e do jovem de 23 anos foram recuperados.

O corpo do menor foi detetado e recuperado por elementos do comando-local da Polícia Marítima de Setúbal, enquanto o cadáver da outra vítima mortal “foi detetado pela aeronave da Força Aérea Portuguesa, tendo sido recuperado pela embarcação da Polícia Marítima”.

O capitão do Porto de Setúbal e comandante-local da Polícia Marítima, Serrano Augusto, revelou que o sobrevivente não tinha qualquer grau de parentesco com os restantes passageiros. “São todos da zona de Grândola, moram na mesma rua” e iam à pesca de choco, frisou ainda Serrano Augusto. Apenas a criança seguia com colete vestido.

O dono do barco revelou depois às autoridades que foi “surpreendido por um golpe de mar” e que ao tentar guinar houve uma ondulação que lhe virou a embarcação.

As buscas pelas duas pessoas que continuam desaparecidas foram retomadas na manhã desta segunda-feira por terra e mar, informou o porta-voz da Marinha e Autoridade Marítima Nacional ao Notícias ao Minuto. Os trabalhos contam  no mar com o navio patrulha Viana do Castelo e uma embarcação salva-vidas. Em terra estão empenhadas equipas da Polícia Marítima, enquanto drones da Autoridade Marítima Nacional fazem buscas no ar. No domingo, esteve ainda empenhado um helicóptero, tendo as buscas sido interrompidas pelas 20h30 devido à temperatura da água e à falta de luz solar.

Questionado sobre a não a utilização de meios aéreos nas buscas desta segunda-feira, o capitão Serrano Augusto explicou que “o grande esforço que se faz nas buscas é nas primeiras oito horas”.

“Neste momento, aquela área já foi varrida tantas vezes que a probabilidade de as pessoas não terem sido vistas é muito reduzida. Os corpos estiveram próximos da embarcação, o que leva a crer que não se afastaram muito”, disse.

Recorde-se ainda que, no domingo, foram divulgadas imagens subaquáticas que mostram as operações de busca realizadas ao largo de Tróia. Os mergulhadores que realizaram buscas nas imediações da embarcação não detetaram “nada” no seu interior, disse ainda Serrano Augusto ao Notícias ao Minuto.

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