A Jerónimo Martins está a afundar cerca de 8% em bolsa, na sessão desta quinta-feira, mesmo depois de ter anunciado que o lucro subiu 28,2% em 2023, face a igual período de 2022, para 756 milhões de euros. Há momentos, a cotada afundava 7,95% para 19,96 euros, segundo o investing. 

As vendas cresceram 20,6% para 30.680 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) progrediu 17% para 2.168 milhões de euros.

Em 2023, o grupo destaca “a remoção total dos intensificadores de sabor e dos corantes artificiais na marca própria do Pingo Doce, um exemplo evidente (…) do compromisso com a promoção da saúde através da alimentação e do papel instrumental das marcas próprias para esse desígnio”, refere o grupo, salientando que o Pingo Doce “é único retalhista em Portugal, e um dos poucos a nível mundial, a avançar com esta decisão”.

Internamente, “investimos 312 milhões de euros em medidas de reconhecimento atribuídas aos nossos colaboradores, que somam aos 44,2 milhões de euros alocados no ano a programas de responsabilidade social interna e medidas de bem-estar”, explica.

Na Polónia, as vendas da Biedronka em moeda local cresceram 18,2%, com LFL [‘like-for-like’, ou seja, vendas em lojas que operaram sob as mesmas condições no período em análise] de 14,2%. Em euros, “as vendas atingiram os 21,5 mil milhões de euros, mais 22,3% do que em 2022”. O significativo crescimento das vendas impulsionou o EBITDA a aumentar 19,4% (+15,4% em moeda local).

Já as vendas da Hebe, cadeia de saúde e bem-estar, “totalizaram 469 milhões de euros, 30,9% acima de 2022” e as ‘online’ “aumentaram 47,6%, representando cerca de 17% das vendas totais do ano (cerca de 14% em 2022)”.

O EBITDA aumentou 31,5% (+27,2% em moeda local). A Hebe “abriu 32 lojas no mercado polaco (28 adições líquidas), a que acresceram duas aberturas no mercado checo, que visam dar rosto à presença da marca neste país onde o crescimento se fará através da operação de ‘e-commerce'”.

Em Portugal, o Pingo Doce “registou um sólido crescimento das vendas, reforçando a competitividade da insígnia e o desempenho de volumes, em resultado da sua assertiva política de preços e promoções, do contributo da área de ‘meal solutions’ e do diferenciador ‘layout’ de loja que está a ser implementado no âmbito do programa de remodelações”. No ano, as vendas “cresceram 7,9% para 4,9 mil milhões de euros, com um LFL de 7,7% (excluindo combustível)”.

Além da remodelação de 60 lojas, “o Pingo Doce abriu 11 novas localizações e encerrou uma”.

Já as vendas do Recheio cresceram 15,1% para 1,3 mil milhões de euros, com um LFL de 14%.

“O EBITDA da Distribuição Portugal cifrou-se em 355 milhões de euros, 9,7% acima do ano anterior, tendo a respetiva margem ficado nos 5,7%, em linha com 2022”, adianta o grupo.

Na Colômbia, as vendas da Ara em euros atingiram 2,4 mil milhões no ano, 37,7% acima de 2022.

“A boa execução do plano de expansão da insígnia levou a Ara a inaugurar 200 localizações, terminando o ano a operar 1.290 lojas”, adianta, salientando que “o EBITDA foi de 45 milhões de euros (60 milhões de euros em 2022)”.

O programa de investimento “atingiu um valor de 1,2 mil milhões de euros, incluindo o acelerar de aberturas na Biedronka e das remodelações do Pingo Doce e a antecipação de investimento em logística na Colômbia para responder à expansão nos próximos anos”.

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