A Guarda Nacional Republicana (GNR) alerta para a necessidade de se sensibilizar os diferentes públicos-alvo para os diferentes tipos de burla, depois de no ano de 2023 este tipo de crime ter aumentado.

De acordo com um comunicado enviado às redações, em 2022 a GNR registou 17.969 crimes de burla, entre as quais predominavam as burlas informáticas e nas comunicações com 6.518 ocorrências e burlas com fraude bancária com 2.630 registos.

Já no ano passado, “verificou-se um aumento face ao ano de 2022, registando-se 21.548 crimes de burla, destacando-se a burla informática e nas comunicações com 7.303 ocorrências e burla com fraude bancária com 3.079 registos”, pode ler-se na nota.

Nos dois anos, este tipo de crimes teve maior incidência nos distritos do Porto, Lisboa e Setúbal, “embora existam ocorrências dispersas por todo o território nacional”, de acordo com a GNR. A Guarda adianta ainda que o modus operandi mais comum é a compra e venda de bens através do MB Way e publicações na internet. 

Assim, a GNR deixa alguns conselhos para evitar este tipo de burlas:

  • Não aceite métodos de pagamento que desconhece nem siga instruções de estranhos;
  • Informe-se primeiro sobre qualquer serviço novo de pagamento junto do seu banco;
  • Nunca adicione/associe um número de telemóvel que não seja o seu ou que desconhece a serviços bancários;
  • Não forneça dados confidenciais ou pessoais via correio eletrónico ou SMS;
  • Não siga ligações recebidas via correio eletrónico ou SMS;
  • Verifique o extrato da sua conta bancária com regularidade;
  • Comprove que a loja online é segura, procure informações sobre a mesma na Internet, nomeadamente se dispõe de endereço físico, número de telefone, email e fax;
  • Assegure-se que na página web aparece identificado o responsável da loja online e a sua localização;
  • Desconfie sempre das ofertas demasiado atrativas, promoções imperdíveis e valores muito abaixo do mercado;
  • Certifique-se que o site adota medidas de segurança para garantir a privacidade dos seus dados;
  • Após a compra fique atento ao seu extrato bancário;
  • Tenha um antivírus atualizado no seu computador;
  • Faça compras em páginas seguras. Para efetuar esta verificação, confirme que o endereço começa por “https://”.

A GNR deixou ainda o alerta para um ‘modus operandi’ menos divulgado e que está relacionado com a compra e venda de veículos. Nestes casos, “o suspeito deteta o veículo à venda online e contacta o vendedor, dizendo que está interessado na viatura e que gostaria de ver/testar o mesmo, marcando um dia e local para o fazer”.

Depois acaba por colocar “a referida viatura à venda online como sendo seu, por um valor muito inferior ao preço de mercado, aumentando assim exponencialmente o interesse no veículo, conseguindo desta forma arranjar facilmente um potencial comprador interessado”. No dia do teste à viatura, o suspeito contacta o legítimo proprietário para o informar que será uma outra pessoa a testar o veículo e faz o pedido para que não sejam mencionados valores. 

Após a visita, “o suspeito informa o legítimo proprietário que quer comprar a viatura e que lhe irá efetuar uma transferência bancária, enviando-lhe um comprovativo de transferência bancária (não efetivada)”. Após já ter os documentos do veículo, o “suspeito negoceia a sua venda à pessoa que efetuou a visita ao veículo, e desta forma quando o legítimo proprietário se apercebe que a transferência bancária não foi efetivada, o suspeito já realizou a venda e mudança de propriedade do veículo para a terceira pessoa (a que efetuou a visita)”. Este tipo de burla lesa, por norma duas pessoas, ” o vendedor (legítimo proprietário) e comprador (terceira pessoa)”. 

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