Segundo o executivo, as operações decorreram no âmbito do Plano Fénix, o “estado de emergência” decretado pelo governo para fazer face ao “conflito armado interno” e conter a violência desencadeada por gangues do crime organizado nos primeiros dias do ano, que atingiu proporções dramáticas no início de janeiro.

Segundo o último relatório governamental, do total de operações conjuntas levadas a cabo desde 09 de janeiro pela polícia e pelo exército, 160 foram dirigidas contra vários grupos classificados como “terroristas”.

As forças de segurança mataram oito pessoas identificadas como membros dos grupos beligerantes, prenderam 9.473 pessoas, 241 das quais acusadas de “terrorismo”.

Até à data, foram apreendidas mais de 64 toneladas de droga, 12.882 explosivos, 2.823 armas de fogo, 4.067 armas brancas, 189.308 munições e 1.324 carregadores.

O balanço adianta que dois polícias morreram no cumprimento do dever e que não se registaram baixas nas fileiras militares.

O Governo equatoriano indicou ainda que conseguiu recapturar 34 dos cerca de 90 reclusos que fugiram das prisões onde se registaram motins no início do ano, o que foi uma das razões que levou o governo a declarar o “estado de emergência”.

Nas operações, os agentes apreenderam 979 veículos, 1.073 motas e 28 barcos, bem como 244.617,14 dólares e 323.740 litros de combustível.

Ao declarar o “conflito armado interno”, o governo identificou pelo menos 22 grupos criminosos organizados transnacionais como “organizações terroristas” e “atores não estatais beligerantes”.

Ao designar estes grupos como beligerantes, o governo abriu uma porta legal para que as forças armadas e a polícia atuassem com todos os seus recursos para neutralizar os bandos criminosos.

A espiral de violência foi desencadeada logo após o Presidente Noboa ter decidido lançar o “Plano Fénix”, com o objetivo de recuperar o controlo das prisões, muitas delas dominadas internamente por grupos criminosos, cujas rivalidades deixaram mais de 450 reclusos mortos desde 2020 numa série de massacres nas prisões.

Essa violência também se estendeu às ruas, tornando o Equador um dos países mais violentos do mundo, com 45 homicídios intencionais por 100.000 habitantes em 2023.

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