Numa resposta enviada à agência Lusa a propósito da greve de trabalhadores, que termina às 08:00 de sábado, a Valorsul — que atua em 19 municípios – disse que, “após validação da entrada ao serviço dos turnos da manhã, a adesão até ao momento (cerca das 13:00) é de 20%”.

Lembrando que a paralisação é próxima “ao feriado de Lisboa e em pleno festival de música que junta milhares de pessoas” (o Rock in Rio, na capital), a empresa afirmou que “tudo fará para minimizar os impactos” junto da comunidade e dos municípios parceiros.

Além disso, “decidiu avançar com um aumento de 3,5% para todos os trabalhadores, com efeitos retroativos a janeiro do presente ano”, além de um aumento do subsídio de alimentação para 9,6 euros, “o que equivale a um aumento mensal adicional de 25 euros”.

Lamentando não ter sido possível chegar a um acordo com a comissão sindical, a Valorsul lembrou ainda que em 2023 o aumento salarial se fixou nos 4,7%.

“Estes incrementos representam um esforço significativo para a empresa e procuraram encontrar o equilíbrio entre os benefícios atribuídos e a sustentabilidade económica e financeira da empresa a médio e longo prazo”, é referido na nota.

Quanto à redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, a questão está a ser analisada e têm sido promovidas reuniões com os trabalhadores para se ouvir “as suas sugestões e expectativas”.

“A informação recolhida será posteriormente analisada e serão planeadas as medidas ao alcance da empresa para ir ao encontro das necessidades dos trabalhadores da Valorsul, nomeadamente as ações que terão de ser apresentadas nas contas a submeter ao regulador”, acrescentou.

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE-CSRA) convocou a greve de hoje e de sábado para reivindicar melhorias salariais e a redução do horário de trabalho.

Hoje de manhã, Mário Matos, da comissão sindical, disse à Lusa que a greve está a ter uma “adesão elevada”, o que “mostra bem o descontentamento dos trabalhadores”.

“Estão paradas a incineradora [Loures], o centro de triagem no Lumiar [Lisboa]. assim como o Aterro Sanitário de Mato da Cruz [Vila Franca de Xira]. No Oeste ainda não temos dados”, afirmou.

Os trabalhadores estiveram em greve entre 22 e 26 de maio também para reivindicar melhorias salariais e a redução do horário de trabalho, numa paralisação que, consoante o dia, afetou setores e infraestruturas diferentes.

A Valorsul, com cerca de 450 trabalhadores, é a empresa responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos recicláveis e resíduos sólidos urbanos produzidos em 19 concelhos das regiões de Lisboa e Oeste.

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