A Associação de Professores de Português (APP) considera que o Exame Nacional feito esta manhã foi “coerente” e “bem acessível”.
Carmo Oliveira, membro da APP e professora de português na escola Aurélia de Sousa (no Porto), viu o enunciado do exame de 1.ª fase de Português e afirma que a prova estava adequada. “Foi uma prova coerente, centrada num eixo temático. Centrou-se na figura de D. Sebastião, em que usaram o poema da ‘Mensagem’ de Fernando Pessoa e um excerto d’ Os Lusíadas para as perguntas de interpretação”, explica.
“No geral, uma prova bem acessível, com uma parte de gramática bem feita e até curta este ano”, acrescenta Carmo Oliveira. A prova deste ano, na opinião da professora, adequou bem os conteúdos ao que os alunos aprenderam no secundário. “Os textos e as questões estiveram à volta dos conteúdos lecionados nos três anos”, complementa.
Apesar de crer que os alunos podem ter boas notas nesta prova, Carmo Oliveira tem reservas relativamente a um fator externo aos conteúdos da prova. “A questão da escrita, em si, pode ser um problema. Estes são alunos que estudaram durante a pandemia, com pouco treino de escrita em sala de aula.”
Estavam inscritos na 1.ª fase do exame final de Português 44662 alunos mas , segundo o Júri Nacional de Exames, fizeram a prova 34995 tendo havido 9667 faltas. A participação foi de 78,4% dos alunos inscritos. Além desta prova, também se realizaram esta sexta-feira os exames de Português Lingua Segunda, Português Língua Não Materna e Mandarim.