Os hospitais geridos em regime de parceria público-privada (PPP) tiveram melhores resultados económicos-financeiros, gerando poupanças de pelo menos 465 milhões de euros para o Estado, e registaram um desempenho assistencial superior face a hospitais do setor público empresarial (EPE) comparáveis entre si.
Segundo um estudo da Universidade Portucalense, o modelo de gestão PPP está “politicamente instrumentalizado” e não é visto pelos governos como uma ferramenta “que possa melhorar as condições de saúde da população, nem gerar poupanças para o contribuinte”.
O objetivo do estudo, que sustentou uma tese de doutoramento, foi perceber se o modelo de gestão PPP tem vantagens efetivas para a população ou se é uma ferramenta política instrumentalizada. As conclusões não deixam margem para dúvidas: as parcerias público-privadas são “um modelo vantajoso”, quer do ponto de vista económico-financeiro, quer dos cuidados de saúde prestados e da satisfação dos utentes. Porém, refere o autor Nuno Rodrigues, “os resultados do modelo são sempre colocados em segundo plano face às convicções ideológicas da força política que esteja num dado momento no Governo”.