Em 2022, houve menos 83 pessoas em situação de sem-abrigo no Porto. Ainda assim, 647 pessoas continuam nesta condição, sendo que 59,5% destas são de outros municípios. O vereador do Pelouro da Coesão Social, Fernando Paulo, aponta a necessidade de uma estratégia intermunicipal para fazer face ao problema.
“Das pessoas em situação de sem-abrigo identificadas, apenas 40,5% são residentes na cidade do Porto, assistindo-se a um aumento de 11,4% de pessoas em situação de sem-abrigo face a 2021 provenientes de outros municípios. Este dado reforça a necessidade premente da adoção de uma estratégia intermunicipal para fazer face a este desafio, ao qual não pode ser só o Município do Porto a responder”, realça o vereador Fernando Paulo.
Face a 2021, houve uma redução de 11,4% de pessoas (menos 83) na condição de sem abrigo.
Os números apurados pelo NPISA Porto – Núcleo de Planeamento e Intervenção Pessoas Sem-Abrigo, no âmbito da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA), revelam que há menos 60 pessoas na condição de “sem teto” e menos 23 pessoas “sem casa”.
Quanto à caracterização dos 647 sem-abrigo identificados, 82% são homens, e a maioria dos indivíduos tem entre 45 e os 64 anos.
Relativamente às causas que levam à situação de sem-abrigo, continuam a prevalecer as dependências, nomeadamente o consumo de álcool e substâncias psicoativas.
O Município tem vindo a implementar estratégias para acompanhar este problema destacando-se o Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano, a presença de uma equipa de rua que integra valências na área da psicologia, enfermagem, psiquiatria e educador de pares e que em 2022 acompanhou 328 pessoas, 92 camas em apartamentos partilhados, Plataforma + Emprego para capacitação e integração no mercado de trabalho, entre outras.