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    O dia a seguir ao Natal

    Dezembro 27, 20223 minutos lidos Últimas
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    O dia depois do Natal é uma nuvem de papel de embrulho esfarrapado e um “pijama” de restos. Vivemos um excesso dionisíaco durante uns dias e, na ressaca, fica ainda mais vívido o quanto é insustentável.

    Desde logo para o organismo (ingerimos demasiado de tudo o que os órgãos vitais dispensam) e certamente para o planeta. Basta olhar para os contentores de lixo a abarrotar e para a quantidade de lixo que produzimos em casa. Papel rasgado, caixas de cartão, garrafas e frascos vazios, embalagens de plástico, fitas de presentes, etiquetas várias, guardanapos sujos, rolhas e tampas, restos e mais restos que, incapazes de comer, desperdiçamos e mais uma miríade de pequenas tralhas e excrescências. Enjoados de tanto, bocejamos sonolentos e cansados.

    Para as crianças é pior. Dizemos que o Natal é delas, mas principalmente para elas é demasiado. Entre o excesso de agitação, as noites tardias e a excitação dos presentes, as crianças oscilam entre a timidez tensa de entrar numa sala cheia e a embriaguez de rasgar embrulhos para descobrir o presente e passar imediatamente ao próximo. É uma espécie de compulsão pela surpresa, desprovida do prazer prolongado da brincadeira, porque o ápice do próximo embrulho aparece sempre como mais tentador. No meio de muitos reencontros com familiares que esperam atenção e que comentam permanentemente a sua aparência e comportamento. Já para não falar do açúcar e da dificuldade de controlá-lo. Ao fim do dia, é difícil recuperar a homeostasia e adormecer, entre a sugar rush e a exaustão.

    O dia a seguir ao Natal, porém, tem algumas coisas reconfortantes. Acomodar os livros recebidos na estante. Comer bolo-rei torrado. Fazer roupa-velha com o que sobrou do bacalhau. Tentar redescobrir os brinquedos a que as crianças não deram a devida atenção, para prolongar o prazer para além do desejo fátuo do desembrulho. Rever as fotografias tiradas à pressa na tentativa de captar os momentos de reencontro familiar. E, principalmente, reconhecer que por muito que todo este excesso não caiba no tempo em que vivemos e seja um despropósito para quem nada tem ou passa sozinho, depois de dois anos sem Natal, voltar aos abraços, às casas cheias, às mesas apertadas, às conversas cruzadas e às bulhas de crianças pelo chão é muito bom. Sobretudo por elas. Que cresceram sem a gente ver e são agora adolescentes. Ou que nasceram entretanto e ainda não conheciam a família toda. Ou que nasceram antes mas nunca tinham tido que disputar os brinquedos com tantos primos. É que o Natal até pode ser demasiado para elas, mas para nós é muito melhor se houver crianças (e quantas mais melhor)!

    *Música

    JN Jornal de Notícias Opinião
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