À chegada ao Casino Estoril, visuais deram brilho aos protagonistas da noite em que se distingue o cinema português.
A Academia Portuguesa de Cinema cumpriu a tradição e reuniu atores, realizadores, argumentistas, produtores, maquilhadores, aderecistas, além de outros profissionais e famosos, na 11.ª edição dos Prémios Sophia. No passado sábado, no Casino Estoril, antes do anúncio dos vencedores, os holofotes viraram-se para a passadeira vermelha onde nomeados e convidados desfilaram elegância e ousadia, exibindo visuais para todos os gostos. No caso das mulheres, houve vestidos compridos, outros bem curtos, além de algumas terem apostado em looks com calça e arrojados. Os homens também não seguiram um dress code linear e, entre representantes de fato e gravata ou (poucos) de smoking, vários apostaram num estilo mais casual.
Na hora das distinções, “Último Banho”, a primeira longa-metragem de David Bonneville, venceu o prémio Sophia de Melhor Filme, além de conquistar as categorias de Melhor Argumento Original e Melhor Direção Artística, entre 13 nomeações. O documentário “A metamorfose dos pássaros” valeu a Catarina Vasconcelos o Sophia de Melhor Realização.
Ana Moreira (“Sombra”) e Miguel Borges (“Terra Nova”) foram eleitos Melhor Atriz Principal e Melhor Ator Principal, respetivamente, enquanto o prémio de Melhor Atriz Secundária foi atribuído a Ana Cristina Oliveira (“Sombra”) e o de Melhor Ator Secundário a João Nunes Monteiro (“Diários de Otsoga”). Com 12 nomeações, “Bem bom” somou os prémios de Melhor Maquilhagem e Cabelo e de Melhor Guarda Roupa.
Na cerimónia conduzida por Margarida Vila-Nova e Pedro Miguel Ribeiro, foram ainda entregues os prémios Sophia Estudante a Gonçalo Ferreira, com a curta-metragem “Punkada”, e o Sophia de Carreira a Abi Feijó, um dos nomes de referência do cinema de animação feito em Portugal. O prémio de Melhor Direção de Fotografia foi para Luís Branquinho (“Terra Nova”), a Melhor Banda Sonora Original para Hugo Leitão (“Serpentário”) e a Melhor Caracterização/Efeitos Especiais para Miguel Teixeira e Markus Frank (“Terra Nova”). “O lobo solitário” de Filipe Melo distinguiu-se como Melhor Curta-Metragem de Ficção e “Eunice, ou a carta a uma jovem atriz” de Tiago Durão como Melhor Curta-Metragem de Documentário. Já a Melhor Curta-Metragem de Animação foi “A mulher do médico” de Bruno Simões, numa noite que sublinhou “a arte em cada detalhe”.