Quase cinco meses depois da enxurrada do dia 7 de janeiro, os moradores do bairro dos Moinhos, nas Fontainhas, lamentam a falta de apoios. Ilda Figueiredo, vereadora da CDU, visitou o local e assegura que vai levar o assunto à reunião do executivo na segunda-feira.
No dia da enxurrada, a força da água era tanta que nem o teto da casa de Damião Gomes resistiu. Passados quase cinco meses, o morador do número 22 do bairro dos Moinhos, nas Fontainhas, expôs o descontentamento e a falta de apoio aos moradores daquela zona.
As palavras foram ouvidas na manhã deste sábado, pela vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, que garantiu que vai levar o assunto à reunião do executivo de segunda-feira.
Segundo Damião Gomes, desde que aconteceu a intempérie, “nunca mais ninguém apareceu”. Os tetos “continuam estragados e todos caídos e o resto foram promessas”, desabafou o morador.
Em frente, no número 25, também José Aires viu a água a entrar-lhe pela casa. A porta, inclusive, foi arrombada pela inundação. “A porta fui eu que a pus. Aliás, tudo o que está composto, fui eu que paguei”, refere o homem, sublinhando que não podia esperar que lhe resolvessem a situação. Nesse caso, “não tinha porta em casa até hoje”.
Tal como muitos residentes naquele bairro, também José e Damião tiveram muitos equipamentos estragados dentro de casa. “Deixei de ter condições para tomar banho ou lavar a roupa”, exemplifica José Aires que lembra o apoio da Junta de Freguesia de Bonfim: “Cederam-nos os balneários públicos e o acesso a uma lavandaria”
Semanas após o episódio que inundou as ruas do Porto, Rui Moreira referiu a vontade do Executivo em adquirir a ilha, uma vez que é “assinalada como zona de perigo”. “Até hoje, não houve mais adiantamentos nessa questão”, disse Ilda Figueiredo.
No local, a vereadora da CDU garantiu também que “o assunto não vai ser esquecido”. “Estamos aqui para tomar medidas e evitar que a situação se prolongue ou repita”, assegurou.