O presidente da República e primeiro-ministro estiveram esta tarde na inauguração do Museu do Tesouro Real. Marcelo exultou a pátria e Costa lembrou as “taxas e taxinhas” que contribuíram para a conclusão da obra que demorou 226 anos.
Foi num longo discurso, feito de improviso e com grande carga emocional, que Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a pátria, que garantiu “não estar acabada, nem deprimida, mas a construir o futuro”.
O presidente da República falava na tarde desta quarta-feira na inauguração do Museu do Tesouro Real, que fica instalado na nova ala do Palácio da Ajuda, em Lisboa. “Encontramo-nos num momento histórico. É uma grande obra feita, que dá continuidade e grandeza a uma pátria que deve ser celebrada”, lembrou o Chefe de Estado para uma plateia com atuais e antigos governantes, assim como D. Duarte e D. Isabel de Bragança.
“Quando os grandes nasceram, nós já existíamos. Estamos a construir o futuro. Nós fomos capazes disso”, acrescentou o presidente.
António Costa, que também presidiu à inauguração, começou por ironizar. “É um privilégio contribuir para uma obra de 226 anos, e para aqueles que falam em obras atrasadas…”, brincou.
Seguiu-se a alusão à taxa turística que cada visitante estrangeiro paga à chegada a Lisboa e que contribuiu para o financiamento do Museu. “É uma concretização das taxas e taxinhas oportunamente criadas. O turismo é atraído pela excelência de Lisboa com receitas que vão financiar as obras. É justo que os visitantes contribuam”.
Costa lembrou que o investimento na recuperação de Património cultural ascende aos “243 milhões de euros” e lembrou as “obras na Sé de Lisboa, no Museu da Resistência, em Peniche”.
Finalmente, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa admitiu que houve “uma ferida arquitetónica aberta no orgulho português, que está a ser sarada.”
O autarca agradeceu o trabalho, na conceção do Museu, ao seu antecessor, Fernando Medina, que também marcou presença, assim como o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, entre outros governantes e ex-governantes.