Kay Bernstein foi o eleito para presidir o clube da Bundesliga, 25 anos depois de ter criado um grupo “ultra”. Chegou, até, a ser detido pela polícia, antes de se tornar empreendedor.
Aos 41 anos, Kay Bernstein vai estar pela segunda vez ao serviço do Hertha Berlim: a primeira, foi como chefe de claque; esta, será como presidente.
Este fim de semana, o clube da capital alemã foi a votos para escolher o sucessor de Werner Gegenbaue, que esteve na presidência durante 14 anos, e o escolhido foi um ex-ultra, que começou por dar nas vistas nas bancadas dos estádios onde a equipa jogava e, quase sempre, com um megafone na mão, a liderar os “Harlekins”, a claque que o próprio Bernstein fundou. Experiência em liderança já tem, portanto, e agora vai tentar usar esses dotes para levantar um clube que tem andado atarefado a garantir a permanência na Bundesliga, apesar de investimentos avultados, a rondar os 400 milhões de euros, principalmente desde que Lars Windhorst se tornou o investidor maioritário do clube.
A relação entre Windhorst e Gegenbaue deteriorou-se até ser irrecuperável e foi isso que precipitou o ato eleitoral que levou Kay Bernstein para a linha da frente, tendo recolhido 1670 dos 3016 votos, superando os outros candidatos.
No passado como chefe de claque, o novo presidente do Hertha Berlim conta até com expulsões do Olympiastadion, a casa do clube, e detenções pela polícia. Isto antes de se retirar da vida “ultra” para se tornar empreendedor e dedicar-se à empresa de comunicação que criou. No entanto, nunca se desligou do clube de coração e nos últimos tempos foi uma das vozes mais ativas quanto ao rumo que o Hertha tomou. Agora, pode ir das palavras aos atos.