Pela primeira vez em muitos anos, o dono da baliza de Portugal levanta dúvidas. Diogo Costa, do F. C. Porto, foi titular no play-off do Mundial e ameaça o guarda-redes da AS Roma.
Agosto de 2011 marca o início da hegemonia de Rui Patrício na equipa das quinas. Num particular com o Luxemburgo, o então guarda-redes do Sporting é titular pela segunda vez, quatro meses depois da estreia como número um, frente ao Chile. Aí, contudo, é para assumir, definitivamente, o estatuto de dono da baliza de Portugal. À exceção de um nefasto Mundial de 2014, quando, depois de sofrer quatro golos da Alemanha, foi remetido ao banco para dar lugar a Beto, foram mais de dez anos como dono e senhor do lugar. Até agora. Diogo Costa foi titular nos últimos dois jogos da seleção, ambos decisivos, no play-off de qualificação para o Mundial 2022, correspondeu e coloca em causa o reinado do sétimo jogador mais internacional por Portugal, já frente à Espanha, depois de amanhã.
Para já, Rui Tavares não se atravessa quanto ao futuro imediato da baliza lusa, mas para o adjunto de Renato Paiva e treinador de guarda-redes do Club León (México) restam poucas dúvidas de que, mais tarde ou mais cedo, a mudança virá para ficar. “Creio que estamos a caminho de uma passagem de testemunho”, diz, ao JN. Para o ex-guarda-redes Quim, a disputa já está inclinada. “No play-off, acredito que mister Fernando Santos tenha optado pelo Diogo Costa pela boa fase no F. C. Porto e ele agarrou a oportunidade. Não acredito que o tire da baliza”, salienta. Ainda assim, o ex-internacional português não dá a decisão como garantida. “O momento é sempre importante e o Rui vem de uma grande exibição na final da Liga Conferência, há poucos dias, enquanto o Diogo não joga há algum tempo (desde 7 de maio)”, acrescenta.