Diana Vianez anunciou, este domingo, a sua saída do PAN (Pessoas-Animais- Natureza). A candidata simultaneamente à Câmara e à Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim em 2017 e em 2021 está “desiludida” com o partido, que, considera, estar demasiado “fechado” na causa animal.
“Entrei no partido pela causa animal e ecológica mas, a missão que interiorizei, de querer ajudar a construir um mundo melhor, levou-me a abrir horizontes e a abraçar também as causas sociais. No entanto, sinto que, ao contrário de mim, o partido nunca se abriu verdadeiramente para outras causas para além da animalista”, afirma Diana Vianez, num comunicado publicado na sua página do Facebook.
“Durante muito tempo, acreditei que o PAN poderia vir a ser uma força transformadora na política portuguesa. Infelizmente, hoje sei que a política é um jogo complexo e que não é suficiente ter boas intenções e defender causas nobres. Com o passar dos anos, percebi que o partido se transformou em algo com o qual não me identifico mais. Os jogos de poder e a luta de egos acabaram por destruir o PAN”, frisa ainda a militante, que estava no partido desde a sua fundação em 2010.
A militante, que foi deputada da Assembleia Municipal da Póvoa entre 2017 e 2021, não conseguiu renovar o mandato nas últimas Autárquicas.
Voz crítica
Há um ano, Diana Vianez foi uma das vozes críticas da direção de Inês Sousa Real. A militante dizia estar a ser alvo de “perseguição política”. Garantia que lhe foi retirada, sem aviso prévio, a gestão de várias páginas do partido nas redes sociais, depois de ter escrito uma apreciação crítica da direção na sua página pessoal.
Agora, definitivamente, bateu com a porta. “Acredito que é hora de seguir em frente e explorar outras formas de contribuir para a sociedade”, remata, agradecendo a todos os que lhe confiaram o voto.